Governo do Amazonas gastou mais de R$ 168
milhões com passagens áreas em 2013, mas ignorou pleitos da educação, saúde,
segurança e do terceiro setor atendido pela SEAS, responsáveis pela prestação
de relevantes serviços à sociedade
O deputado estadual Marco Antônio Chico
Preto (PMN/AM) afirmou na manhã da quarta-feira, 14, que o Amazonas precisa de
um governo capaz de desenvolver uma gestão mais justa e eficiente, para melhor
utilizar os recursos disponíveis e atender prioridades nas áreas da educação,
saúde, assistência social e segurança pública, entre outras.
De acordo com o parlamentar, ao retirar R$
100 milhões dos cofres públicos para pagar de forma graciosa a um precatório à
Construtora Andrade Gutierrez, o Governo do Amazonas atropelou a legislação vigente,
desprogramou a economia pública e comprometeu a boa execução de políticas
públicas indispensáveis à população do estado.
Segundo ele, um governo comprometido com a
boa utilização dos recursos públicos adotaria medidas capazes de corrigir
distorções e atrofias existentes em diversas áreas, reduziria despesas
consideradas supérfluas e poderia, por exemplo, promover as necessárias
reposições salariais a diversas categorias, bem como conceder-lhes melhores
auxílios alimentação e de transportes.
“No exercício de 2013 o Governo do Amazonas
gastou R$ 168.101.724,32 só com o pagamento de mais ou menos 96 mil passagens
aéreas, ou o equivalente a 280 passagens por dia. Mas, só destinou cerca de R$
12 milhões para o terceiro setor atendido pela Secretaria de Assistência Social
(SEAS), responsável pela prestação de relevantes serviços à sociedade na área
da assistência social”, argumentou, destacando acreditar ser possível gastar
menos e melhor.
Ao comentar os números oficiais, que podem
ser encontrados no Portal da Transparência, do Governo do Estado, no endereço
transparencia.am.gov.br, Chico Preto disse que o Amazonas precisa de um
governante com coragem para corrigir problemas, definir prioridades e adotar
medidas necessárias à promoção de políticas públicas voltadas para o bem-
comum.
“Os fatos evidenciam que o Governo do
Amazonas não tem capacidade para atender aos pleitos dos professores, dos
médicos e dos profissionais da segurança pública. Mas, conta com a vontade
política necessária para realizar pagamentos antecipados não devidos como, por
exemplo, o do precatório de R$ 100 milhões à Construtora Andrade Gutierrez”,
disse ele.
De acordo com o parlamentar, os números
expostos no Portal da Transparência não faltam com a verdade e servem para
evidenciam a falta de compromisso e de gestão da administração estadual, que
prefere promover pagamentos graciosos e deixa de atender ao pleito de milhares
de profissionais, de pais de família que desdobram-se para atender à população
em diversas áreas.
“Dinheiro mal empregado dá nisso. O governo
acaba prometendo mais do que pode, efetivamente, realizar”, completou.