29 de abril de 2015

UEA e Seap firmam termo para ressocialização e formação de profissionais em presídios

Contribuir para a ressocialização da população carcerária do Estado é uma das novas metas estabelecidas pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Para dar prosseguimento à iniciativa, a instituição firmou convênio com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) para a promoção de atividades visando à população carcerária e formação de profissionais.

O termo de cooperação foi firmado entre o reitor Cleinaldo Costa e o titular da Seap, Louismar Bonates. A reunião contou ainda com a participação de coordenadores de projetos de extensão da UEA. "Além das ações de projetos de extensão, há uma demanda da secretaria de criar o curso de especialização em Administração Penitenciária e nós iremos trabalhar juntos na confecção dessa proposta", afirmou Costa.

O objetivo da parceria é que sejam desenvolvidas atividades em prol de ações socioeducativas no sistema penitenciário do Amazonas nas áreas de Tecnologia, Psicologia, Medicina, Odontologia, Enfermagem, Serviço Social, Teatro, Pedagogia e Direito, com o apoio de docentes, discentes bolsistas e voluntários da UEA.

Segundo o secretário Louismar Bonates, as atividades beneficiarão a população carcerária e também vão garantir a formação para profissionais que atuam em presídios. "Temos que levar a administração prisional para além da ressocialização, para que o preso tenha também disciplina social, por isso queremos dar essa oportunidade. Outra questão é que muitos profissionais não querem trabalhar no sistema prisional, por preconceito, então é importante levar os futuros profissionais para que conheçam aquela realidade", disse.

Entre os projetos desenvolvidos dentro do presídio está o programa UEA Cidadã, que leva ações de promoção da saúde para a população carcerária feminina e masculina. "Os bolsistas já participam de atividades nos presídios desde o início do ano. Levamos orientações de saúde sobre diversos temas e também promovemos palestras sobre DST´s, por exemplo, além de serviços como aferição de pressão e outros", disse a coordenadora do programa, Márcia Costa. 

Além da humanização, o objetivo é estender as ações a toda comunidade. "É uma ação que envolve não somente os presos, mas famílias e a própria comunidade. A ideia é avançar cada vez mais com as ações do projeto", concluiu.


Texto: Vanessa Brito

Fotos: Antônio Assis/Seap