12 de julho de 2015

Coronel Dan Câmara e Evandro Melo podem empossar Eduardo Braga como Governador.


Entenda o caso
De acordo com a denúncia do programa Fantástico, dois dias antes da abertura da Copa, o Coronel Dan Câmara, da Secretaria de Segurança para Grandes Eventos, pediu uma contratação emergencial no Centro de Segurança de Manaus. Na ocasião, José Melo cumpria o primeiro mandato como governador do Amazonas. Um dos responsáveis pelo projeto da Copa, em Manaus, era o irmão do político, Evandro Melo.
Na nota fiscal que foi paga pelo serviço consta o valor de R$ 1 milhão. Uma empresa especializada em segurança deveria realizar os serviços, mas o nome que aparece no documento é de uma associação sem fins lucrativos: a "Agência Nacional de Segurança e Defesa", presidida por Nair Queiroz Blair.
Segundo o Fantástico, em dezembro do ano passado, Nair foi denunciada por crime eleitoral na campanha à reeleição do governador José Melo. A suspeita teve início depois que a PF recebeu denúncia anônima sobre uma suposta compra de votos.

O contrato do Governo do Amazonas de R$ 1 milhão para monitoramento de delegações que participaram da Copa do Mundo 2014 em Manaus continua sob investigação do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM). O contrato foi alvo de denúncia no programa Fantástico, da TV Globo.
Segundo denúncia do Fantástico, o contrato estava voltado para o serviço de implementação de solução tecnológica de monitoramento em tempo real móvel e foi prestado pela Agência Nacional de Segurança e Defesa. A empresa, porém, trata-se de um associação sem fins lucrativos.

O assunto, segundo o Ministério Público, está sob investigação na 77ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público. Segundo o órgão, o processo tem tramitado em "ritmo normal" desde 23 de abril deste ano e passa por análise do promotor de justiça Edílson Queiroz.
Esta não é a primeira investigação realizada sobre o assunto. No dia 7 de julho deste ano, o Governo do Amazonas informou que a sindicância interna realizada sobre o assunto concluiu que o contrato foi executado legalmente. De acordo com a Controladoria Geral do Estado (CGE), o serviço consistiu na implementação de monitoramento móvel específico para acompanhamento das delegações das seleções de futebol que participaram do Mundial em Manaus.
O monitoramento, em veículo equipado com sistema de câmeras, foi feito nas ocasiões de deslocamento das delegações, com imagens sendo compartilhadas instantaneamente com o Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).
Sobre o parecer da sindicância do governo, o MPE afirmou - por meio de assessoria de imprensa - que a investigação que realiza é independente. Desta forma, o Ministério informou que não pode interferir no resultado da investigação realizada pela CGE.

Prazo
A comissão especial de sindicância instituída pelo governador José Melo tinha um prazo de 30 dias para finalizar a sindicância. O período chegou a ser prorrogado por mais 15 dias. O resultado acabou sendo anunciado quase quatro meses após o início da criação da comissão, ocorrido no dia 9 de março de 2015.

Pelo decreto governamental de Nº 35.564/15, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), Melo determinou investigações do contrato de serviços da Copa. A sindicância ficou sob responsabilidade da Controladoria Geral do Estado (CGE), que nomeou os integrantes da comissão.

Fonte - http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2015/07/mpe-am-diz-que-contrato-de-r-1-mi-do-governo-segue-sob-investigacao.html