A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff caiu para 9% de acordo com pesquisa CNI/Ibope
divulgada nesta quarta-feira 1º, ante 12% registrados em março deste ano.
A marca é a segunda pior da série histórica, superada apenas pelos 7% do
ex-presidente José Sarney em junho e julho de 1989.
Ao mesmo tempo, a avaliação negativa do governo
Dilma caiu quatro pontos percentuais entre março e junho e chegou a 68%, ponto
mais baixo na série histórica verificada pelo instituto, superando os 64%
registrados pelo mesmo Sarney em julho de 1989.
A pesquisa também mostra que cresceu a reprovação à maneira de Dilma governar,
de 78% para 83%, também um recorde negativo histórico, e a falta de confiança
na presidenta. Em junho, 78% dos eleitores diziam não confiar na petista,
enquanto apenas 20% confiam na atual chefe do Executivo. Mais uma vez, os
índices são comparáveis aos de Sarney. Em junho de 1989, só 16% confiavam no
ex-presidente diante de 80% que não confiavam.
Os números confirmam a brusca queda da
popularidade de Dilma verificada desde dezembro, quando entraram em vigor as
medidas do ajuste fiscal e ficou clara a situação ruim da
economia brasileira. Em dezembro, segundo o CNI/Ibope, 40% avaliavam o governo
como ótimo ou bom, contra 27% que o classificavam de ruim ou péssimo. Ao mesmo
tempo, 51% diziam confiar nela e 52% avaliavam de forma positiva sua maneira de
governar.
A pesquisa CNI/Ibope revela queda significativa
na popularidade de Dilma entre os setores em que ela tende a ser melhor
avaliada, como entre as pessoas com renda familiar baixa, os que residem
na região Nordeste, os que possuem baixo grau de instrução e na faixa da
população com 55 anos ou mais.
Tanto no grupo que estudou apenas até a quarta
série da educação fundamental quanto entre os que moram na região Nordeste, nos
quais Dilma ainda experimenta sua maior popularidade, a queda no número de
pessoas que avaliam seu governo como ótimo ou bom teve queda expressiva, de 18%
para 13%
Em junho, pesquisa Datafolha que também mostrou queda na popularidade de Dilma revelou que
a insatisfação dos eleitores com renda mensal de até
dois salários mínimo, outro grupo onde a popularidade da petista é
significativa, continua a aumentar.
Fonte: Carta Capital