A
sinalização do rio Madeira, um dos principais rios comercialmente navegáveis no
Amazonas, é uma demanda antiga das cidades banhadas pelo rio e empresas do
Estado que precisam escoar a produção. Na última sexta-feira (10) a Marinha e o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) firmaram um termo
de execução descentralizada para sinalização do rio. Entretanto os dois órgãos
públicos não divulgaram exatamente como a sinalização será realizada ou o
orçamento da obra.
O
presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás e
Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado
estadual Sinésio Campos (PT), solicitou nesta segunda-feira (13) do Comando do
nono Distrito Naval da Marinha e do Dnit uma cópia do termo de execução
descentralizada para sinalização do rio, além de informações adicionais sobre a
obra.
O
parlamentar alertou sobre a preocupação dos moradores das margens do rio
Madeira, que sofrem com o trânsito de embarcações de grande porte e em elevada
velocidade. “A hidrovia do Madeira é uma bandeira que defendo e cobro há mais
de dez anos. E agora que parece finalmente sair do papel tem que considerar
também as populações, não apenas as empresas. Essas populações sofrem com
desbarrancamento quando passa uma embarcação grande e rápida em certos trechos
do rio”.
O
rio Madeira é uma alternativa à BR-319 (Manaus - Porto Velho), que está
trafegável apenas em um trecho com cerca de 200 quilômetros, entre Humaitá
(distante 591 quilômetros de Manaus) e a capital rondoniense.
“É
importante que essa obra de sinalização considere também as pequenas
embarcações, os extrativistas minerais, os pescadores, quem vive na região e
não somente quem passa por pela, que é o caso dos grandes barcos”, apontou o
deputado.
Hidrovia
Os
estudos para a instalação da hidrovia começam nesta semana e devem durar cinco
meses. Haverá sinalização náutica, balizamento do rio e produção de cartas
náuticas, conforme o vice-almirante e comandante do nono Distrito Naval, Wagner
Lopes de Moraes Zamith.
A
obra promete acelerar o tempo do transporte de cargas por via fluvial em até
40%. A Marinha está responsável pela mão de obra enquanto o Dnit vai custear o
projeto, que tem duração prevista de cinco anos em um trecho de 1.076
quilômetros.
Parlamento Amazônico
A
sinalização dos rios comercialmente navegáveis na região é uma das pautas da
primeira assembleia-geral do Parlamento Amazônico no atual biênio (2015-2016),
prevista para ocorrer em 20 de agosto, em Boa Vista (RR).
Presidido
pelo deputado Sinésio Campos, o Parlamento Amazônico é formado por deputados
estaduais dos nove estados que compõem a Amazônia Legal brasileira: Amazonas,
Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Tocantins. O
grupo busca soluções para problemas vivenciados na Amazônia, com alternativas
que aliem desenvolvimento sustentável e crescimento econômico.
Fonte: Assessoria de Comunicação da ALEAM.