BRASIL - O Palácio do Planalto recebeu pouco antes das 19 horas desta
quinta-feira (21) a intimação para que a presidente Dilma Rousseff seja ouvida como testemunha
de defesa de um dos acusados de “comprar” medidas provisórias no governo
federal, caso investigado na Operação Zelotes.
O ofício chegou à Casa
Civil no início da noite e a presidente ainda não foi consultada sobre como
pretende se manifestar sobre o caso. Por lei, Dilma tem direito a responder a
perguntas por escrito, caso não concorde em acertar com o juiz dia e horário para
falar presencialmente, entre 2 e 4 de fevereiro.
Na última terça-feira,
com base em pedido do réu Eduardo Gonçalves Valadão, o juiz Vallisney de Souza
Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, autorizou que a
presidente seja ouvida como testemunha de defesa neste caso.
O pedido é para que Dilma dê explicações
sobre sua participação no processo para editar e aprovar as normas, que
concederam incentivos fiscais a montadoras de veículos. De acordo com denúncia
apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça, lobistas
contratados pelas empresas pagaram propina a servidores públicos e autoridades
para viabilizar os benefícios. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de
S.Paulo em outubro.
Além da presidente
Dilma, vários outros políticos foram notificados a falar na mesma ação penal.
Os depoimentos serão iniciados nesta sexta-feira, dia 22.
Lula Fará sua segunda palestra ou depoimento grátis
na PF
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestará seu depoimento,
presencialmente, em Brasília, e a previsão é que ele seja ouvido na
segunda-feira (25) embora ainda haja necessidade de confirmação da data.
Lula, que já depôs à
Polícia Federal, será inquirido agora como testemunha do lobista Alexandre Paes
dos Santos, um dos presos por suspeita de “comprar” MPs.