26 de abril de 2016

OLHA O TEATRO BRASIL - José Serra do PSDB quer cargos no futuro governo Temer, já Aécio Neves e Geraldo fazem teatro e querem distanciamento.

BRASIL - O impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) expõe um racha entre integrantes do PSDB, que divergem sobre a participação do partido em um possível governo Michel Temer (PMDB). Enquanto o presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendem apenas apoio a Temer, o senador José Serra (SP) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sinalizam que a legenda pode, além disso, ocupar cargos na gestão do peemedebista.

A posição do partido neste momento é considerada crucial para ditar os rumos das eleições 2018. Enquanto Aécio, que despencou em pesquisas de intenção de votos para a Presidência, aposta em maior independência do PSDB para garantir protagonismo do partido no próximo pleito, Serra pensa em cacifar um ministério de Temer – o que garantiria a ele um retorno aos holofotes da política nacional. Alckmin também corre por fora em uma possível candidatura.
Uma reunião da Executiva Nacional do PSDB, marcada para o próximo dia 3 de maio, vai definir o rumo do partido. Por enquanto, a maioria do colegiado defende a linha majoritária do PSDB: não participar do governo Temer com cargos. Há uma avaliação de que o partido pouco teria a ganhar, já que Temer enfrentará uma situação de grave crise econômica e convulsão política.
Apesar de estarem do mesmo lado na questão, Alckmin e Aécio diferem no “nível de pressão” sobre o tema. O governador é mais enfático em relação a possível entrada de Serra no governo peemedebista, propondo punições a dissidentes. Já Aécio declarou que não pretende “dar uma de PT e expulsar do partido” e afirma que não irá impedir que tucanos participem do governo, mas que não haverá indicação oficial do PSDB.
Fonte: gazeta do povo