8 de abril de 2016

Segundo a Pesquisa do Data Folha, PP e PMDB decidiram o impeachment de Dilma.

BRASIL - Pesquisa do instituto Datafolha, publicada nesta sexta-feira (8) no jornal "Folha de S.Paulo", afirma que 60% dos deputados federais se dizem favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Voto por bancada
A pesquisa investigou também como votam os deputados de cada bancada. No PP, partido da base cortejado pelo governo para reforçar o apoio a Dilma, 57% dizem que votarão pelo impeachment e 30% estão indecisos.

No PMDB, que era o maior partido da base ao lado do PT, mas deixou o governo recentemente, 59% dos deputados devem votar pelo afastamento e 38% não se posicionaram.



O Datafolha ouviu uma amostra de 359 parlamentares entre 21 de março e 7 de abril: 291 deputados e 68 senadores.
O índice de 60% representa 308 deputados, considerando o total de votantes (513). Para que o impeachment seja aprovado na Câmara, são necessários 342 votos.
A pesquisa também apurou que 21% dos deputados declararam voto contrário à saída da presidente, o que, pela projeção, representa 108 votos a favor de Dilma. Para se livrar do processo, a presidente precisa de 172 votos.
Os deputados indecisos, de acordo com o Datafolha, são 18% da Câmara. Esses votos decidirão o destino de Dilma.

Os parlamentares entrevistados deram resposta por telefone e na condição de anonimato. Os resultados, segundo o Datafolha, foram ponderados segundo as bancadas dos partidos, "com o pressuposto de que a filiação é uma variável importante na definição do voto". O instituto ressaltou que fatos novos podem mudar a tendência de votação.
O processo de impeachment tramita na comissão especial da Câmara formada para analisar o caso. Nesta quarta-feira (6), o relator, Jovair Arantes (PTB-GO), apresentou parecer pela cassação do mandato da presidente. A comissão deve realizar sessão inclusive no fim de semana para poder votar o parecer na próxima segunda-feira (11). Depois, se aprovada a abertura do processo na comissão, o impeachment será votado no plenário da Casa.

Fonte: Folha de São Paulo