BRASIL - O PT vai usar, na
defesa de Dilma na comissão do impeachment, a conversa de Machado com o senador
Romero Jucá (PMDB-RR), em que o então ministro do Planejamento diz que a
aprovação do impeachment de Dilma poderia “estancar a sangria”. A interpretação
é que o objetivo do impeachment era interromper as investigações da Lava-Jato,
que atinge vários integrantes da cúpula do PMDB.
Já Acir Gurgacz assegurou a seu partido, segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, que mudará sua posição e votará contra o impeachment desta vez. Por conta disso, o Diretório Nacional do PDT adiou ontem decisão sobre uma punição disciplinar aos senadores do partido. Ainda de acordo com Lupi, o senador Lasier Martins (PDT-RS) pretende manter seu voto favorável ao afastamento de Dilma.
Já Acir Gurgacz assegurou a seu partido, segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, que mudará sua posição e votará contra o impeachment desta vez. Por conta disso, o Diretório Nacional do PDT adiou ontem decisão sobre uma punição disciplinar aos senadores do partido. Ainda de acordo com Lupi, o senador Lasier Martins (PDT-RS) pretende manter seu voto favorável ao afastamento de Dilma.
— O
Acir vai votar contra (o impeachment), ele mandou por escrito — disse Lupi.
Procurado, Gurgacz afirmou que ainda
não tem posição fechada:
— O que eu coloquei é que a
admissibilidade (do impeachment) era uma necessidade, porque a população estava
cobrando a discussão. O mérito é outro momento, estamos avaliando. Entendo que
não há crime de responsabilidade fiscal por causa das pedaladas (fiscais), mas
a questão é mais pela governabilidade, pelo interesse nacional.
O Diretório Nacional do PDT expulsou
ontem o deputado Giovani Cherini (RS) por ter votado a favor da abertura do
processo. Apesar de também terem apoiado o afastamento de Dilma, outros cinco
deputados receberam uma punição praticamente simbólica, a suspensão por 40 dias
Parecer da Comissão de Ética do PDT
apontou como agravantes do caso Cherini o fato de ele ter supostamente feito
campanha contra a orientação partidária, ter tentado virar outros votos no
partido, e ter dado declarações a favor do impeachment.
Foram suspensos os deputados Sérgio
Vidigal (ES), Flávia Morais (GO), Mário Heringer (MG), Subtenente Gonzaga (MG)
e Hissa Abrahão (AM).
— O fechamento de questão é uma coisa,
a decisão sobre quem não cumpriu é outra. É legítima qualquer decisão (do
diretório)— disse Lupi, irritado, ao rebater crítica de um integrante do
partido, que defendia a expulsão dos seis deputados, já que o PDT havia fechado
questão contra o impeachment.
No PSB de Romário, no Senado,
cresce a tese em defesa da realização de novas eleições. Esse argumento, de nem
Temer nem Dilma, pode ser usado para reverter votos contra Dilma na Casa. Entre
os líderes dos partidos aliados de Michel Temer, há uma preocupação com os
erros sucessivos e que as crises políticas afetem a votação do impeachment.
Fonte: G1