AMATURÁ - A quantidade de gasolina comprada
em apenas um ano pela Prefeitura de Amaturá (a 1.072 quilômetros de Manaus)
daria para uma motocicleta fazer mais de 300 voltas no Planeta Terra. Esse foi
o tom da grave denúncia apresentada pela deputada estadual Alessandra Campêlo
(PMDB) durante a sessão plenária desta terça-feira, 23 de agosto, na Assembleia
Legislativa do Amazonas.
Alessandra disse que vai acionar o
Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado para investigar o caso. Na
tribuna, a deputada fez um breve relato de um estudo cujo objetivo era
investigar as aquisições de combustíveis e derivados de petróleo (oléo diesel,
lubrificante, graxa, carga e botijas de gás) pela Prefeitura de Amaturá no
período de 2010 a 2015. Os números são escandalosos e impressionantes para um
município com pouco mais de 10 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento
Humano baixíssimo (0,560).
De acordo com a parlamentar, Amaturá
comprou no ano de 2010 um total de 5 mil litros de gasolina. O volume comprado
somente desse combustível subiu estratosfericamente nos anos seguintes, para
96.408 litros (2011), 99.201 litros (2012), 159.725 litros (2013), 175.974
litros (2014) e 120.363 (2015).
“A quantidade de gasolina e outros
derivados de petróleo comprados em Amaturá daria para abastecer várias cidades
do Amazonas por um bom tempo. Para se ter uma ideia, a quantidade de gasolina
comprada em apenas um ano daria para uma motocicleta dar mais de 300 voltas no
Planeta Terra”, denunciou Alessandra.
Alessandra acrescentou que, além da
compra em excesso, existe também sobrepreço e fortes indícios de corrupção e
desvio de dinheiro público por meio da simulação de compra de combustíveis e
outros derivados de petróleo.
“Vou encaminhar o caso ao Ministério
Público de Contas e, se for o caso, vou inclusive solicitar uma CPI aqui na
Assembleia para apurar não só em Amaturá, mas em outros municípios se está acontecendo
o mesmo”, concluiu a deputada.
Assessoria de Comunicação – Deputada
Alessandra Campêlo
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