Boa
Vista - Cinco meses após ser nomeado pelo Tribunal de Justiça de Roraima como
juiz substituto, o juiz Marcelo Lima de Oliveira tomou uma das mais polêmicas
decisões da história do judiciário no Estado.
Autorizou a liberação de 160
presos do regime semiaberto em caráter emergência.
Alvo de críticas por conta da decisão, o juiz usou
as redes sociais nesta quarta-feira, 11, para fazer um desabafo e, em
entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo,
contou que quis evitar um novo massacre. "Houve informe da inteligência do
Estado dizendo que os presos seriam assassinados na porta da unidade. Não fui
eu que tirei da cabeça que lá seria o local do próximo massacre. O que eu podia
fazer? Fechar os olhos e ignorar? Se não tivéssemos dado a decisão e no dia
seguinte tivesse acontecido outro ataque?".
O Centro de
Progressão Penitenciária (CPP), onde estavam os presos, abriga de 160 a 200
detentos, a depender do período. Eles chegam juntos às 20h para entrar na
unidade, já que têm permissão de trabalhar de dia. Mas, com apenas dois agentes
penitenciários realizando a revista, os detentos ficam horas na frente da
unidade, localizada em um bairro residencial da capital Boa Vista.