23 de julho de 2017

Policia Militar do Brasil em luto, mais um herói morto por traficantes no Rio de Janeiro, A vítima foi o sargento Hudson Silva Araújo, de 46 anos.

BRASIL - Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar está na Favela do Vidigal, no Leblon, Zona Sul do Rio, desde a madrugada deste domingo (23), quando um policial foi baleado durante confronto na comunidade. A vítima foi o sargento Hudson Silva Araújo, de 46 anos.

Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiu ao ferimento e morreu. Hudson é 91º PM a ser assassinado no estado.
A ação, que conta com homens do Batalhão de Operaçãoes Especiais (Bope) e Batalhão de Ações com Cães (BAC), pretende encontrar envolvidos no ataque que resultou na morte de Hudson.

De acordo com o Setor de Inteligência da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Vidigal, três suspeitos já forarm identificados, conforme informou o comandante da unidade.
Além da mobilização da PM, a Divisão de Homicídios da Polícia Civil também investiga o caso. O número de militares direcionados para a operação não é divulgado pela PM por uma questão estratégica.
O sargendo Hudson Silva de Araújo patrulhava uma das principais vias da comunidade quando foi baleado na troca de tiros. O PM chegou a ser socorrido por outros policiais para o Hospital Miguel Couto, que também fica no Leblon, foi operado às pressas, mas morreu na mesa de cirurgia.

A Coordenação de Polícia Pacificadora comunicou que Hudson era supervisor de equipes na UPP Vidigal e completaria 15 anos na corporação em setembro deste ano. O PM era casado e deixa duas filhas. Por enquanto, o corpo do policial continua no Miguel Couto e, mais tarde, ainda nesta manhã, será encaminhado ao Instituto Médico Legal.

Protesto pede fim de mortes

Enquanto homens da PM começavam a ocupar o Vidigal, parentes de policiais organizaram protestos, em todo o Brasil, em defesa da vida dos agentes. No Rio, a concentração dos familiares teve início no Posto 5 da Praia de Copacabana. Os organizadores da passeata não divulgaram estimativa de público.

Por volta das 10h, os manifestantes estenderam faixas e pretendiam fazer uma caminhada. Simbolizando os 91 PMs mortos este ano no estado, os familiares também levaram à manifestação 91 cruzes.

Rogéria Quaresma é mulher de um policial militar e disse que fica desesperada toda vez que seu marido sai de casa para trabalhar. Ela faz parte do grupo "Somos Todos Sangue Azul", que é composto por familiares de PMs e apoiava o ato deste domingo.
"Eu me sinto desesperada porque eu sei que meu marido pode ser o próximo. Eu não aceito ser a próxima viúva, não aceito isso para a minha família, não aceito isso para mim", disse.

"A gente está querendo que o governo olhe pelos nossos policiais, que de uma resposta a essa situação, a gente não pode mais aceitar isso. Não pode morrer e ficar por isso mesmo. Todo dia é uma família destruída, família sofrendo. São filhos sem pai, mãe sem seus filhos. Essa situação a gente não pode aceitar", acrescentou.