BRASIL - O administrador Marcelo Maran, alvo da
Operação Custo Brasil por suspeita de integrar um esquema de desvio de dinheiro
em contratos de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento, fechou
acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo,
Maran era responsável pela contabilidade do escritório de advocacia de
Guilherme Gonçalves, apontado como encarregado por supostos repasses
irregulares à campanha da presidente do PT e senadora Gleisi Hoffmann (PR), conhecida
com o codinome de “amante” na lista
da Odebrecht e ao marido dela, o ex-ministro do Planejamento Paulo
Bernardo.
O administrador teria apontado notas fiscais
forjadas para justificar as despesas das campanhas da senadora. O delator
também teria revelado esquema envolvendo empresas do transporte público no
Paraná.
O advogado da presidente do PT, Rodrigo
Mudrovitsch, negou que sua cliente tivesse contato com Marcelo Maran e disse
que não vai comentar "possível acordo de delação que sequer foi
homologado".
A advogada Veronica Sterman, que defende
Paulo Bernardo, informou que o cliente nega as acusações e que a Justiça julgue
o caso com base em "provas concretas". A advogada Regina Ferreira de
Souza, que representa Guilherme Gonçalves, disse que não teve acesso ao
conteúdo da suposta delação. A defesa de Marcelo Maran não se manifestou.