16 de novembro de 2017

Delator cita a Globo novamente e complica a emissora, em resposta a Globo disse que investigou a própria Globo e se declara Inocenta😂, para Globo é um absurdo, "afinal propina é coisa de político", diz Chumbo Grosso😎

MUNDO - A situação jurídica da Globo se complicou ainda mais nesta quarta-feira 15, no segundo dia de depoimentos do empresário argentino Alejandro Burzaco, que, ontem, já havia delatado a emissora da família Marinho por propinas pagas na compra dos direitos de transmissão da Libertadores da América e Copa Sulamericana.

No depoimento de hoje, Burzaco revelou como a Globo participou de um esquema de propinas de US$ 15 milhões – o equivalente a R$ 50 milhões – para assegurar exclusividade nas Copas de 2026 e 2030.

A propina teria sido paga, segundo Burzaco, numa conta no banco Julius Baer, na Suíça, ao dirigente Julio Grondona, já falecido, e que foi homem forte do futebol argentino. À época das negociações, Grondona era também dirigente da Fifa e cuidava dos direitos de transmissão na América Latina.

Para que isso ocorresse, a Torneos y Competencias, de Buzarco, teria sido orientada pela Globo a criar uma subsidiária na Holanda, que funciona como paraíso fiscal para multinacionais, para receber a propina, antes de repassá-la a Grondona.
Depois do seu depoimento, rico em detalhes, será possível agora rastrear todo o percurso do dinheiro – da Globo, na Holanda, para a Torneos y Competencias, também na Holanda, e depois para a conta de Grondona, na Suíça.

Ontem, a Globo negou o pagamento de propinas. Disse ter feito sua própria investigação interna, na qual teria chegado à conclusão de que ela própria, Globo, é inocente.

Todas as informações mais quentes sobre o caso têm sido reveladas pelo jornalista Ken Bensinger, que cobre o caso para o Buzzfeed, e está escrevendo um livro sobre a corrupção no futebol, no qual a Globo ocupa posição de destaque.
Ao supostamente pagar propinas para adquirir direitos de transmissão de torneios esportivos, a Globo reforça sua posição monopolista na comunicação – o que amplia sua capacidade de manipular a opinião pública e golpear a democracia, como ocorreu em 1964 e 2016.