7 de março de 2018

Desprezo e omissão do Governo do Amazonas são denunciados por Platiny Soares

AMAZONAS - A falta de diálogo do Governo do Estado com a categoria de praças da Polícia Militar do Amazonas foi criticada na manhã desta terça-feira (6), pelo vice-presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Platiny Soares (DEM).
Para o parlamentar, o posicionamento do secretário de segurança Bosco Saraiva (Solidariedade), em entrevista à Rádio Difusora, no último final de semana, onde os policiais foram comparados a “rabo de cachorro”, evidencia o desprezo que a atual administração destina aos profissionais.

“Quero me solidarizar com cada guerreiro e guerreira da Polícia Militar, meus irmãos de farda, que assim como eu, se sentiram ofendidos pelo Governo do Estado, após declarações absurdas do secretário de segurança. Esse mesmo governo que não dá valor ao policial que vai a rua fazer seu serviço, usa de jargão para menosprezar o seu valor e tenta com todas as forças tirar direitos”, pontuou Platiny Soares.

A categoria luta pela revogação do parecer nº 14/2018, contrário ao cumprimento da Lei nº 4.044/2014, que estabelece a promoção por tempo de serviço dos Praças da Polícia Militar do Amazonas, e promete uma paralisação total das atividades dentro e fora dos quartéis, caso o parecer não seja revogado.

“A maneira com que o Estado, por meio dos seus gestores se coloca, pode ser o estopim para uma greve geral. Não somos incentivadores de baderna. O governo não engana ninguém com essa conversa. Enviamos vários requerimentos e sequer tivemos retorno. Sem dialogo não se chega a um entendimento. Precisamos de uma resposta sobre esse pedido de revogação”, destacou Platiny Soares.

Em solidariedade ao discurso de Platiny, o presidente da Casa, deputado David Almeida (PSD), avisou o governador que é um grande risco subestimar a categoria, que em 2014 realizou paralisação histórica, onde todos os municípios do Estado aderiram à ação, que resultou na elaboração da Lei de Promoção, que hoje é contestada pelo atual administração.
“Com diálogo é que se conseguem as conquistas. Eles querem ser ouvidos e não podem ser ignorados por um secretário que não entende de segurança pública”, enfatizou David Almeida.

O deputado Luiz Castro (REDE), lembrou que a população do Amazonas não se ilude mais com promessas rasas.
“O problema é que o governador anunciou na propaganda política, que queria mudar o Amazonas em apenas um ano. Prometeu mundos e fundos para as categorias, e isso foi uma promessa impossível de cumprir. A memória da população está viva e eles começaram a perceber que as coisas são complicadas. O diálogo é insubstituível”, disse Luiz Castro.



Platiny Soares denuncia que governo não responde a requerimentos da Aleam.
O deputado Platiny Soares (DEM) denunciou, nesta terça-feira (6), que o governo do Estado não está respondendo aos requerimentos encaminhados pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
“O governo não responde a ninguém. Se calou diante de todos os problemas do Estado, vive encastelado”, disse o parlamentar, durante discurso proferido no Grande Expediente, na tribuna da Casa.
O parlamentar afirmou que um dos requerimentos sem resposta solicita informações sobre a construção de um muro na residência particular do governador Amazonino Mendes (PDT), que estaria sendo construído por empresa prestadora de serviços ao Estado.

Segundo Platiny, “não houve publicidade do contrato com a empresa, nem valores empregados, nada que consiga acabar com toda a suspeição diante da contratação da empresa”.
Outro requerimento encaminhado pela Aleam, e até o momento ignorado pelo Executivo, diz respeito ao parecer da Procuradoria Geral do Estado recomendando a extinção do Quadro Especial da Polícia Militar, que acaba com as promoções por tempo de serviço na carreira dos PMs.

Na avaliação do deputado, a partir do momento em que o Executivo fecha o canal de comunicação com as categorias, dá margem para outras ações, a exemplo da greve dos policiais militares marcada para o próximo dia 15. “O que vai ocorrer nesse Estado é uma greve da PM, que tem a total culpa do governo do Estado, porque não quer abrir o canal de comunicação”, anunciou Soares. Ele advertiu que é dever do governo se comunicar com as categorias.

Conforme Platiny Soares, a Mesa Diretora da Aleam tem que tomar uma medida em relação ao governo, tendo em vista a atribuição que o Poder Legislativo tem de fiscalizar o Poder Executivo.