AMAZONAS - A cultura da juta e malva corre sério risco da
acabar no Amazonas. O alerta foi feito pela deputada estadual Alessandra
Campêlo (MDB) durante pronunciamento na Assembleia Legislativa do Amazonas
(Aleam) nesta terça-feira (24).
O motivo é o atraso no pagamento dos subsídios
governamentais destinados aos produtores, especialmente os ribeirinhos de
Manacapuru.
A defesa do setor primário é pautada por
Alessandra desde 2015, quando assumiu o mandato na Casa. Segundo a deputada, o
atraso no pagamento da subvenção é referente a três safras: 2014/2015,
2015/2016 e 2016/2017. Ela alertou ainda que em dois meses vence a safra de
2017/2018.
A denúncia em forma de alerta da parlamentar
veio logo após os intensos debates na tribuna que davam conta de um contrato de
R$ 5 milhões firmado entre o Governo e uma empresa de consultoria de segurança
dos Estados Unidos.
“Gostaria de falar aqui em socorro ao povo de
Manacapuru e pedir o apoio dos senhores deputados. Os produtores de juta e
malva, e Manacapuru é o grande polo produtor de juta e malva, continuam com
subsídios atrasados desde 2014/2015. São mais de R$ 6 milhões que não estão
pagos”, afirmou Alessandra, acrescentando que vai enfiar ofícios ao governador,
ao secretário de Produção Rural, ao secretário da Sefaz e à Agência de
Desenvolvimento Sustentável (ADS) cobrando o pagamento.
Na avaliação de Alessandra, o investimento no
setor primário é a política pública mais indicada para manter o homem no campo,
evitando o êxodo rural que tanto mal causa às grandes cidades, no caso a
capital Manaus.
“Se essa população do interior não recebe
apoio ela sai o interior e vem para a capital. Quando chega à capital ela não
tem emprego e, se ela não emprego, ela aumenta os bolsões de miséria porque a
população precisa de oportunidade. Agora, a população não pode viver no
interior de forma miserável, ela precisa de apoio para se desenvolver e ter
vida digna, tanto com trabalho como com acesso à saúde e educação”, concluiu a
deputada.