29 de maio de 2018

Temer diz que não há risco de intervenção militar e pede para que os caminhoneiros voltem a trabalhar

BRASIL - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que não há risco de intervenção militar em decorrência da paralisação de caminhoneiros, apesar de alguns manifestantes defenderem um golpe militar para derrubar o governo.


Em entrevista a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros em fórum de investimentos em São Paulo, Temer disse ainda que a redução do preço do óleo diesel anunciada pelo governo como parte das medidas para tentar acabar com a greve não irá reverter as reformas realizadas pela Petrobras para garantir a independência da estatal.

Temer também afirmou que o governo poderá ingressar com ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja declarada ilegal a greve convocada por petroleiros para quarta-feira.

Presidente pede para que caminhoneiros voltem a normalidade

Os presidentes da República, Michel Temer, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), divulgaram uma nota conjunta nesta terça-feira pedindo aos caminhoneiros que voltassem ao trabalho, depois do acordo fechado com o governo, e que evitem que o movimento seja usado com "objetivos políticos".

"Em face do acordo firmado para por fim à greve dos caminhoneiros, que tiveram as suas reivindicações acolhidas, os presidentes da República, Michel Temer, do Senado Federal, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, conclamam todos os envolvidos nas manifestações a retornarem ao trabalho e propiciar normalidade à vida de todos os brasileiros", afirma a nota conjunta.

"Há necessidade indispensável de abastecer todos os setores da economia nacional, particularmente aos que dizem respeito a alimentação, medicamentos e combustíveis."

Na nota, os três presidentes se comprometem ainda a aprovar a colocar em prática "no menor tempo possível" as medidas do acordo assinado com os caminhoneiros e afirmam que "este momento, os Poderes Executivo e Legislativo estão unidos na defesa dos interesses nacionais".