4 de julho de 2018

Em entrevista ao site Poder360 o presidente do PDT afirma que a aliança com PSB será selada, no Amazonas cada partido deve ter candidato e Ciro pode apoiar os dois ou nenhum

AMAZONAS - O Poder360 perguntou nesta 3ª feira (3.jul.2018) ao presidente do PDT, Carlos Lupi, em que pé estão as negociações para o apoio do PSB à candidatura presidencial de Ciro Gomes. Lupi respondeu: “A aliança vai acontecer”.


Até agora, o presidente do PDT dizia apenas ter esperanças. Hoje, afirma que as negociações entre seu partido e o PSB avançaram e que, neste momento, dependem apenas de “ajustes nos Estados”.

O CENÁRIO NOS ESTADOS
Carlos Lupi fez 1 relato de como estão as negociações nos principais Estados nos quais havia óbices à aliança PDT-PSB:

São Paulo –“As conversas avançaram. Nós entendemos que o governador Márcio França (PSB) tem afinidades pessoais com Geraldo Alckmin (PSDB). Se ele fechar com Ciro, o PDT no Estado o apoia imediatamente”;

Distrito Federal –“O PDT local estava pendendo para o candidato do PR (Jofran Frejat), mas já se afastou. Só dependemos agora de o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) acertar nas conversas”;
Pernambuco –“De fato o governador Paulo Câmara (PSB) ainda tenta uma aliança com o PT, mas sofre muitas resistências. Creio que vamos acabar juntos”;

Amazonas e Amapá –“A tendência é o PDT e o PSB terem candidatos próprios ao governo nesses Estados. Mas estamos nos entendendo. Ou o Ciro apoia ambos, ou não apoia nenhum”;

Rio Grande do Sul –“O Beto Albuquerque (vice-presidente nacional do PSB) é candidato ao Senado. Nós já o convidamos para compor chapa com o PDT. Entendemos que ele está muito compromissado com o MDB local”;

Minas Gerais –“O PDT aceitará para vice de Ciro o nome que for indicado pelo PSB. Pode ser de Minas ou de outros Estados. Mas temos sentido que eles tendem a apresentar o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda. Será muito bem-vindo”. 



O quadro eleitoral não permite dar como certa a aliança entre PDT e PSB. Tampouco estão resolvidos outros acertos decisivos para a disputa de outubro.
Os principais candidatos ainda esperam pela definição sobre candidaturas e alianças do PT a fim de saber o rumo a tomar. O próprio Ciro, enquanto negocia com o PSB, também conversa com o chamado Centrão, 1 sindicato de partidos sem ideologia definida e liderado por PP, DEM, Solidariedade e PRB.
A expectativa é que até o final do mês os partidos escolham candidatos e suas coligações. As convenções devem ser realizadas até 5 de agosto.
Em nenhuma eleição desde a volta do país à democracia houve tanta incerteza a esta altura da campanha presidencial.