BRASIL - O deputado federal e Mito da Direita, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou neste domingo (5) o nome do general da reserva
Hamilton Mourão (PRTB) como seu vice na chapa para concorrer à presidência da
República. No início da tarde, o PRTB formalizou a aliança.
Pela manhã, Bolsonaro
participou da convenção do PSL estadual no Clube Guapira, na Zona Norte de São
Paulo.
O anúncio foi feito
após pelo menos três tentativas de Bolsonaro para encontrar um vice e que não
deram certo. Mourão foi a quarta opção de Bolsonaro para a candidatura à
vice-presidência na chapa. Antes, ele sondou oficialmente o senador Magno Malta
(PR), o general Augusto Heleno, do PRP e a advogada Janaína Pachoal. Todos
recusaram o convite.
O nome de Hamilton
Mourão não havia sido mencionado por Bolsonaro como uma opção durante a
entrevista concedida à GloboNews na última sexta (3).
“Ou vai ser a senhora
Janaína Paschoal, ou o senhor príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança”,
afirmou o candidato. “A gente pensa em um 'plano B'. No momento, o 'plano B' é
o príncipe."
No discurso deste
domingo, Bolsonaro agradeceu Janaína e também o príncipe Luiz Philippe. Janaína
alegou questões familiares e recusou neste sábado (4) o convite para
ser vice de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial.
Em nota, o PRTB disse
que "o general Hamilton Mourão está confirmado como vice de Jair Bolsonaro
na corrida à presidência da República".
Ex-comandante na
Região Sul
Antonio Hamilton
Martins Mourão é gaúcho de Porto Alegre, tem 64 anos. Entrou para o Exército em
1972 e ficou na ativa até fevereiro de 2018.
Ele ganhou
notoriedade em outubro de 2015, quando estava no Comando Militar do Sul. Ele
tinha feito críticas
ao governo da presidente Dilma Rousseff e dito, durante uma palestra
no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) em Porto Alegre, que é
preciso um "despertar para a luta patriótica" como saída para crise
política do país.
No dia 20 de outubro
daquele ano, a frase foi publicada em reportagem da "Folha de S.
Paulo" – parte da palestra já havia sido relatada pelo jornalista Tulio
Milman, no jornal "Zero Hora".