26 de março de 2015

Mesmo após Dep. Josué Neto chamar tropa de choque da PM, professores conseguem entrar na ALEAM após Manifestação

Manaus, 26 de março de 2014.
 
Cerca de mais de 1500 professores se reúnem na frente da Arena da Amazônia e após desentendimentos da categoria por volta de 12 hs manifestantes se dispersaram e um grupo estimado em 500 pessoas foi até a ALEAM.
Na ALEAM foram barrados pela tropa de choque da Policia Militar por ordem do Presidente da Casa Josué Neto (Inimigo da Categoria conhecido).

E por volta de 13 hs foram autorizados a entrar para discutir com os deputados as reivindicações.


 
Na Arena da Amazônia

Após anos de manifestações em frente à sede do Governo do Estado e da Prefeitura de Manaus, os professores da rede pública estadual e municipal voltaram às ruas na manhã desta quinta-feira (26) para exigir melhorias nas condições de trabalho da categoria. A Associação Movimentos de Luta dos Professores de Manaus (Asprom) organizou uma manifestação que conta com 1,5 mil pessoas, protestando em frente à Arena da Amazônia, na avenida Constantino Nery.

A Asprom espera 3 mil manifestantes ao todo, e pessoas continuam chegando ao longo da manhã. Por volta das 9h30, o grupo fechou a avenida Constantino Nery e impediu o fluxo de veículos. Em seguida, fecharam o cruzamento da avenida com a ruaPedro Teixeira. A Polícia Militar acompanha o ato e o Manaustrans organiza um desvio para os carros, na tentativa de não atrapalhar tanto o trânsito.

De 2014 para cá, poucas coisas mudaram, segundo a professora Helma Sampaio, membro da diretoria da Asprom. "O prefeito e governador parecem estar contra nós, que somos professores. No ano passado viemos para a rua com as mesmas reivindicações e voltamos hoje insatisfeitos com o que eles estão nos oferecendo", salientou.

Entre as reivindicações, está o cumprimento da lei que determina um terço da jornada de trabalho para a Hora de Trabalho Pedagógico (HTP), que é o espaço de tempo dedicado a outras atividades fora de sala de aula - como planejamento e correção de provas por exemplo. "Conseguimos que seja cumprido 20% em algumas escolas, mas o correto é que haja 33% da nossa jornada para o HTP, conforme diz a lei", lembra Helma.

Além disso, os professores questionam o auxílio alimentação fornecido pelas secretarias de educação. O benefício está sendo fornecido por CPF e a categoria exige que seja pela quantidade de cadeiras que o professor tem. "A quantia corresponde a uma cadeira e se o professor utilizar pro almoço, ele fica sem a janta, se trabalhar de noite", disse Helma.

Nos cartazes, os professores também pedem 20% de reajuste salarial, Data Base sem atraso e sem parcelamento, regulamentação correta da recuperação paralela, regulamentação do rateio de sobras do Fundeb, convocação imediata dos concursados da Secretaria de Estado e Município de Educação (Seduc) e (Semed), entre outros.

Mais uma vez, o movimento não conta com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam). "Infelizmente, não nos sentimos representados por eles", diz Helma. A categoria espera por uma resposta das autoridades até 10h30 desta quinta-feira para decidir se voltarão a ocupar a via.

 

Região Metropolitana

Em Manacapuru. município da Região Metropolitana de Manaus, três escolas estaduais paralisaram as atividades nesta quinta-feira. Professores aderiram ao manifesto da educação.

Um grupo de educadores e alunos fez manifestação  na principal praça da cidade para conscientizar à população  dos motivos da paralisação e para chamar atenção das autoridades para os problemas que a educação enfrenta no município.

 Fonte: Ronaldo Aleixo e Web Acritica