O PMDB deve ser o protagonista das duas novas
CPIs criadas na Câmara dos Deputados contra o governo: a do BNDES e a dos Fundos de Pensão. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também abrirá
espaço para os partidos de oposição, mas deixará o PT de fora das negociações.
O partido de Cunha deve ocupar as duas presidências das comissões e
tende a oferecer as relatorias para os principais partidos oposicionistas (DEM e PSDB). “O PMDB terá protagonismo
em todas as duas”, resumiu o líder da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE).
Entre os nomes que circulam nos bastidores para o comando das comissões
estão os peemedebistas Vítor Valim (CE),
Marcos Rotta (AM), Sérgio Souza (PR) e Édio Lopes (RR), este último
responsável pela relatoria da PEC do
Orçamento Impositivo. Os tucanos ainda não discutiram nomes para
indicação, mas o DEM - que integra o bloco do PMDB - já avisou que gostaria de
ficar com um dos postos.
O prazo para a definição dos nomes da CPI do BNDES vence no dia 5 de
agosto e a expectativa é que a instalação ocorra na próxima semana. Já foram
oficialmente indicados para compor o colegiado os deputados Betinho Gomes (PSDB-PE), Marcus Pestana (PSDB-MG), Miguel Haddad (PSDB-SP) e Cristiane Brasil (PTB-RJ). O
Solidariedade vai indicar Augusto
Coutinho (PE) para vaga de titular.
A CPI dos Fundos de Pensão só será criada a partir do dia 7, quando será
concluído o trabalho da CPI do Sistema Carcerário. Após essa data, será aberto
prazo para que os partidos componham o colegiado.
Cunha determinou a criação das CPIs horas depois de anunciar o
rompimento com o Palácio do Planalto, há 10 dias. Na ocasião, o peemedebista
rejeitou as comissões para investigar o setor elétrico, as prestadoras de
telefonia, mulheres em situação de violência e o desabastecimento de água na
Região Sudeste. Além de BNDES e Fundos de Pensão, funcionarão simultaneamente
no segundo semestre as CPIs da
Petrobras, Maus Tratos a Animais e Crimes Cibernéticos.
Fonte: Gazeta do Povo