Políticos
Investigados
Senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas.
Senador
Ciro Nogueira, do PP do Piauí.
Dep. Federal Eduardo da Fonte, do PP de Pernambuco
Senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco.
Ex-ministro das cidades, Mario Negromonte, na Bahia.
BRASIL - Policiais Federais
fizeram nesta terça-feira (14) a operação Politeia, que é um desdobramento da
Operação Lava Jato. Parte dos 53 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Supremo Tribunal Federal foi cumprida em empresas ou imóveis de
cinco políticos investigados na Lava Jato, entre eles o senador Fernando
Collor, do PTB de Alagoas.
A Polícia Federal e a Procuradoria-geral da República informaram
que a operação aconteceu para evitar a destruição de provas e aprender bens
adquiridos com dinheiro do crime. As investigações fazem parte de seis
inquéritos contra políticos, que estão no Supremo Tribunal Federal.
Todos os alvos da operação de hoje são suspeitos
de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e por terem recebido dinheiro desviado
de contatos da estatal. Eles são investigados por crimes como corrupção e
lavagem de dinheiro. Os policiais recolheram documentos e computadores em seis
estados e no Distrito Federal.
Logo cedo os agentes
foram até a sede da organização Arnon de Melo, em Maceió. O principal acionista
da empresa é o senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas. Os policiais fizeram buscas em salas da TV Gazeta, afiliada da Globo.
Apreenderam documentos e computadores.
O diretor jurídico da
organização, Djalma Melo, disse que a empresa vai colaborar com as
investigações. “A organização Arnon de Mello está atendendo a ordem judicial.
Todas as determinações emanadas pelo relator do Superior Tribunal Federal e
vamos cumprir com todas as exigências. Acredito que seja uma questão de rotina,
esperada, e estamos dando todas as informações necessárias”, diz Arnon de
Mello.
A Polícia Federal
também foram fez buscas na casa de Collor em Maceió e na Casa da Dinda, famosa
por ser escolhida como residência oficial quando Collor era presidente. Foram
apreendidos três carros de luxo.
Ainda em Brasília, a
Polícia Federal foi até a resistência do senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, presidente
nacional do partido e na casa do deputado federal Eduardo da Fonte, do PP de
Pernambuco. No Recife, os policiais foram até a casa do senador Fernando
Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco.
Em Salvador, a polícia
cumpriu mandados de busca e apreensão na sala do ex-ministro das cidades, Mario
Negromonte, que hoje é conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios. No Rio
de Janeiro, a Polícia Federal recolheu material em prédio da Petrobras.
Em Maceió, o secretário domiciliar do senador Fernando Collor foi detido e levado para a Polícia Federal. Kleverton da Costa cuida dos imóveis de Collor em Alagoas.
Em Maceió, o secretário domiciliar do senador Fernando Collor foi detido e levado para a Polícia Federal. Kleverton da Costa cuida dos imóveis de Collor em Alagoas.
Operação na casa do Senador Collor
Em redes sociais, a
defesa do senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, afirmou que repudia com
veemência a operação policial em sua residência e que a medida foi
desnecessária, e que Fernando Collor nunca foi chamado para prestar
esclarecimentos sobre a investigação.
A defesa do senador
Ciro Nogueira, do PP do Piauí, afirmou que a operação foi
uma surpresa, porque o senador já tinha colocado os sigilos bancário e
financeiro à disposição. O advogado considerou a ação abusiva e desnecessária.
A assessoria do deputado
federal pelo PP de Pernambuco, Eduardo da Fonte, disse que ele está à
disposição da justiça para colaborar e esclarecer todos os fatos. O senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco,
afirmou que confia no trabalho das autoridades e continua, como sempre esteve,
à disposição para fornecer todas as informações que lhe forem demandadas.
A defesa de Mario
Negromonte, hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos municípios da Bahia,
disse que o ex-ministro das cidades quer entregar espontaneamente os documentos
considerados indispensáveis pelas autoridades e colaborar com as investigações,
que segundo a defesa, apontarão a inocência de Negromonte.
Correção
Diferentemente do que noticiou hoje mais cedo o Bom Dia Brasil, não houve buscas e apreensões na casa de Arnon de Mello, filho do senador Fernando Collor de Mello. Arnon de Mello não é investigado, não tem nenhum cargo na TV Gazeta e nem residência em Maceió. Também não houve buscas na residência de Eduardo Frazão, diretor financeiro da Organização Arnon de Mello.
Correção
Diferentemente do que noticiou hoje mais cedo o Bom Dia Brasil, não houve buscas e apreensões na casa de Arnon de Mello, filho do senador Fernando Collor de Mello. Arnon de Mello não é investigado, não tem nenhum cargo na TV Gazeta e nem residência em Maceió. Também não houve buscas na residência de Eduardo Frazão, diretor financeiro da Organização Arnon de Mello.
Outras buscas
Foram feitas buscas na casa do advogado Thiago
Cedraz, que é filho do presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo
Cedraz. A suspeita é de que o advogado teria repassado R$ 1 milhão a um outro
ministro do TCU.
O ministro citado é
Raimundo Carrero, atual vice-presidente do Tribunal de Contas da União. A
informação está no pedido de busca de provas na casa do advogado Thiago Cedraz,
filho do presidente do tribunal, Aroldo Cedraz. A TV Globo teve acesso ao
documento que reproduz um trecho inédito da delação premiada do dono da UTC,
Ricardo Pessoa.
O empreiteiro citou o
ministro ao falar da atuação do advogado Thiago Cedraz na usina de Angra 3, no
Rio de Janeiro. Ricardo Pessoa disse que foi procurado por Thiago Cedraz que
disse que precisava de dinheiro, "deixando antever que a importância de R$
1 milhão, seria para o ministro Raimundo Carreiro, relator do processo de Angra
3 no TCU.
Depois do pagamento do
valor pedido por Thiago Cedraz a licitação da usina de Angra 3 finalmente
chegou "a seu termo""tudo fluiu", como disse o empresário.
De acordo com o
empreiteiro, "o valor solicitado por Thiago Cedraz e que seria destinado,
conforme acreditava, a Raimundo Carrero, foi retirado da sede da UTC por
Luciano Araújo". Luciano é sócio de Thiago Cedraz em na empresa
Euroconsult Consultoria, Projetos e Participações.