Chumbo Grosso – alguém,
por favor, leva essa mulher para tratamento, vamos ao fato.
“Estamos em um ano de travessia e essa travessia vai levar o Brasil a um lugar melhor”, frase para traduzir de Dilma Rousseff
BRASIL - A
presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva,
reconhecem, em vídeos de 30 segundos da propaganda do Partido dos
Trabalhadores, que começam a ser veiculados neste sábado (22), que há
dificuldades na economia, mas prometem melhora do quadro e retorno do
crescimento econômico.
“Sei que muita coisa precisa melhorar. Tem muito
brasileiro sofrendo. Mas juntos vamos sair desta. Estamos em um ano de travessia e essa travessia vai levar o Brasil a um
lugar melhor. Estamos atualizando as bases da economia e vamos voltar a
crescer com todo nosso potencial. Tenho o ouvido e o coração dos que mais
precisam e do que vivem do suor do seu trabalho. Esse é o meu caminho. Por ele
seguirei”, declara a presidente Dilma Rousseff.
Lula, por sua vez, reconhece que “a situação não está
fácil”, mas avalia que o Brasil é “muito grande para ficar
assustado com uma crise econômica, por mais grave que seja”. E completa: “Já
tivemos muitas crises, algumas bem piores do que a atual, e o povo brasileiro
sempre soube vencê-las. Não tenho a menor dúvida de que venceremos mais essa.
Com o esforço e a luta de todos, vamos controlar a inflação, gerar empregos e
derrotar o pessimismo. Podem ter certeza, o Brasil vai voltar a crescer”,
afirmou ele.
Indicadores
econômicos ruins
Nesta última semana, foram
divulgados vários indicadores econômicos, todos eles ruins. Na quarta-feira
passada (19), o Banco Central divulgou a chamada “prévia” do PIB, que mostrou
uma retração de 1,89% no segundo trimestre deste ano, após um recuo de 0,88%
nos três meses de 2015 – o que aponta para um cenário que os
economistas classificam de “recessão técnica”. O mercado financeiro, por sua vez,
prevê retração da economia também em 2016.
Nesta sexta-feira (21), o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a prévia da inflação
oficial ficou em 0,43% em agosto, após avançar 0,59% no mês anterior. Apesar da
desaceleração de julho para agosto, esse foi o índice mais alto para o mês
desde 2004, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) chegou a
0,79%. Em 12 meses, a inflação somou 9,57% -
o maior valor desde dezembro de 2003.
A arrecadação de impostos e
contribuições federais, segundo dados oficiais do Fisco, continuou sofrendo, em
julho, os efeitos da crise econômica e do baixo nível de atividade e teve queda
- apesar do aumento de vários tributos autorizado no começo deste ano. Em julho, teve o pior desempenho,
para este mês, desde 2010.
Com dificuldades no fluxo de caixa,
o Tesouro Nacional informou que não realizará a antecipação da primeira parcela
do décimo terceiro salário dos aposentados e pensionistas em agosto - algo que
acontecia desde 2006. O governo dividirá essa antecipação
em dois meses - em setembro e outubro.
Além disso, o Brasil seguiu
perdendo vagas com carteira assinada em julho. No mês passado, as demissões
superaram as contratações em 157.905, segundo informações do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta sexta-feira (21).
O resultado de julho foi o pior para
este mês desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho para este
indicador, em 1992.