Na tentativa de barrar o
avanço de “pautas-bomba” no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se na noite de hoje (segunda-feira )
senadores de partidos da base aliada para um jantar as custas do povo no
Palácio da Alvorada, residência
oficial da Presidência. Cerca de 40 parlamentares, além de ministros do
governo, foram convidados.
Os convidados começaram a chegar ao local por
volta de 18h40. O encontro foi dividido em duas partes: a primeira, marcada
para as 19h, é uma reunião com os líderes partidários no Senado.
Logo após, às 20h, a presidente oferecerá o jantar aos demais convidados.
A intenção da presidente é evitar que
projetos que prejudicam o ajuste fiscal recebam aval do Senado depois de
aprovados pela Câmara. Na semana passada, a Casa, presidida pelo deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez avançar a “pauta-bomba” ao aprovar em primeiro turno uma proposta que vincula
salários de procuradores de estado, delegados e de integrantes da
Advocacia-Geral da União a 90,25% da remuneração de ministros do Supremo
Tribunal Federal
O impacto dessa medida será de cerca de R$
2,5 bilhões às contas públicas, conforme o Ministério do Planejamento. Também
está na pauta da Câmara projeto que aumenta a correção do saldo do Fundo
Nacional de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),o que desagrada o governo.
Na conversa com senadores, Dilma deverá
alertar para o impacto dessas duas propostas, na esperança de que o Senado
barre o avanço de “pautas-bombas” como estas.
A presidente deve ainda tratar do projeto de
lei que reduz as desonerações das folhas de pagamento de 50 setores da
economia- o último item do pacote de ajuste fiscal do governo que falta ser
votado. O texto está na pauta do Senado e deve começar a ser discutido nesta
terça (11).
Mais cedo nesta segunda, o presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que a votação do projeto que coloca
fim às desonerações depende de reunião de lideranças. O peemedebista
entregou aos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento)
uma série de propostas para tentar estimular a economia.
Renan se afastou do Palácio do Planalto desde
que passou a ser investigado pela Operação Lava Jato. A relação entre ele e
Dilma, porém, ainda é melhor que o contato da presidente com Eduardo Cunha. O
presidente da Câmara, inclusive, anunciou em julho rompimento político com o
Palácio do Planalto e afirmou que passaria a integrar a oposição.
Na última quinta-feira (6) à noite, Dilma recebeu o presidente do Senado para uma conversa, onde ele
voltou a defender o enxugamento da máquina estatal. No domingo, a petista se
reuniu com ministros do governo para debater a crise política e as alternativas
para solucionar o impasse com a base aliada.
Além de dificuldades na política, a presidente enfrenta um momento delicado na economia do país, com reflexos na sua popularidade, que vive o pior momento.
Além de dificuldades na política, a presidente enfrenta um momento delicado na economia do país, com reflexos na sua popularidade, que vive o pior momento.
Segundo o instituto Datafolha e opinião do Blog chumbogrossomanaus.com.br, o
governo Dilma é o pior do mundo com a reprovação (71% da população) desde a
redemocratização do país.