14 de agosto de 2015

Salvo por pedido de vista de Juiz, José Melo –Gov-AM ganha fôlego em sua cassação.

AMAZONAS - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) jugou, na quarta-feira (12), um processo de cassação de mandato do governador do Amazonas, José Melo (PROS), e do vice-governador Henrique Oliveira (SDD). O relator, juiz Affimar Cabo Verde, votou pela cassação, além da aplicação de uma multa de R$ 106 mil aos dois políticos.
O julgamento do processo foi suspenso após pedido de vista do juiz Marco Antônio Pinto da Costa.
No processo, o governador é acusado de usar membros e aparato da Polícia Militar (PM) em uma propaganda eleitoral quando concorria à reeleição no pleito do ano passado. A ação foi apresentada pelo candidato derrotado na eleição de 2014, atual senador de Minas de Energia Eduardo Braga (PMDB).
O advogado de Braga, Daniel Nogueira, afirmou esperar que o processo retorne logo para julgamento. Yuri Dantas, advogado do governador, disse que irá se manifestar apenas após o término do julgamento.
Não há prazo para o juiz Marco Antônio devolver os autos para o prosseguimento do julgamento.
O JUIZ

O magistrado Marco Antônio Pinto da Costa foi eleito juiz da Corte do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), para o biênio 2011-2013 no dia 29/09/2011. A votação foi realizada ontem, no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Costa levou oito dos 15 votos e assume a vaga deixada pela juíza Joana Meireles. Com 45 anos, ele é titular da 2ª Vara da Dívida Ativa Estadual e é filho do desembargador Djalma Martins.
A juíza Nélia Caminha obteve quatro votos. O juiz Rosselberto Himenes, que ocupa interinamente a cadeira de Joana Meireles, recebeu dois votos. Diógenes Vidal Pessoa Neto ganhou um voto.
Suplente do TRE-AM até maio de 2012, Himenes diz não se importar com a derrota. “O processo é esse: o tribunal escolhe e a gente aceita. Mas o Marco Antônio é um grande jurista e amigo”.
Dos 19 membros da Corte de Justiça, 15 participaram da votação. Ari Moutinho e Paulo Lima estão de férias, enquanto Aristóteles Thury se encontra em missão fora do Tribunal. Djalma Martins se declarou impedido de votar, já que o filho magistrado era um dos candidatos.
“Agradeço o apoio dos desembargadores que confiaram no meu nome e tenho certeza que vou honrar a confiança que me foi depositada, prestando o melhor serviço possível junto à Justiça Eleitoral”, comentou Costa. Entre os processos que o aguardam na Justiça Eleitoral está o caso do município de Tapauá, que desde 2010 está sem prefeito.
Na ocasião, foi anunciada a abertura das inscrições para composição de duas vagas de suplentes do TRE-AM.