Todos
que me acompanham sabem que sou oposição ao governo Dilma, mas cada vez mais
tenho convicção de que o PSDB não é o partido capaz de guiar os rumos do país
para a superação dessa crise.
Falta
aos tucanos coerência e responsabilidade. Suas gestões, que diga a Prefeitura
de Manaus, de nada diferem do modo de governar petista.
Irresponsabilidade
fiscal (gastam mais do que arrecadam), excesso de cargos comissionados, gastos
exorbitantes com propaganda, relações não republicanos com o Parlamento, são
marcas tanto do governo de Dilma, como da prefeitura de Artur.
No
Parlamento o PSDB é a marca da incoerência ideológica e programática.
Criaram
a CPMF, agora são contra. Criaram o fator previdenciário, agora são contra. Só
pra ficar nesses exemplos.
Mas
a posição do PSDB na votação do Projeto de Lei de Conversão que aumenta a
Contribuição Social sobre Lucro Líquido das instituições financeiras dos atuais
15% para 20% deixou claro que falta compromisso não só com os brasileiros,
falta compromisso também com o setor produtivo, enquanto sobra compromisso com
os banqueiros.
Os
bancos brasileiros tiveram no ano passado um lucro líquido de 75,6 bilhões de
reais. A rentabilidade por aqui é o dobro da rentabilidade dos bancos
americanos. Mas nesse momento de crise o PSDB é contra aumentar os tributos
para os bancos. Logo eles que, quando governaram, elevaram tanto os juros para
o setor produtivo.
Quando
se aumenta o juros cai a atividade industrial, cai o emprego, cai a renda, mas
aumenta o lucro dos bancos. É óbvio que os bancos devem dar uma contribuição
maior ao país.
O
PSDB faz trincheira no Parlamento na defesa da contribuição de empresas para as
campanhas e, agora, faz trincheira para que os bancos paguem menos impostos.
Estranho... Muito estranho...
Nesse
momento de crise precisamos de partidos e de homens que tenham compromisso com
o Brasil e com os brasileiros. Os fatos deixam cada vez mais claro que esses
homens não estão entre os tucanos.
Marcelo
Ramos.
Advogado,
escritor e professor de Direito Constitucional