AMAZONAS - O deputado Hissa Abrahão,
vice-líder do PPS na Câmara Federal, votou contra, na noite desta terça-feira
(10), o texto-base da Medida Provisória (MP 688/15) que transfere o risco
hidrológico (falta de chuvas) na geração hidrelétrica de energia ao cidadão
(consumidor final). A medida, aprovada em plenário por de 251 votos contra 173,
também, vai prorrogar contratos das usinas ou suas concessões para compensar os
prejuízos de 2015 (R$ 13 bilhões) com a geração menor.
Do Amazonas, votaram contra a Medida Provisória, além do deputado Hissa,
Arthur Bisneto (PSDB) e Pauderney Avelino (DEM). A favor da MP, os
parlamentares Alfredo Nascimento (PR) e Silas Câmara (PSD). Abstiveram-se na
votação, os deputados Marcos Rotta (PMDB) e Conceição Sampaio (PP).
Para Hissa Abrahão, a medida, em outras palavras, fará com que o governo
federal transfira o rombo na economia brasileira para o bolso do trabalhador,
aumentando a conta de energia mais uma vez. “Já tivemos vários aumentos este
ano para compensar a crise financeira que o país enfrenta e agora o governo
aprovou mais uma medida para tirar mais dinheiro do trabalhador brasileiro, que
não pode ser penalizado pela incompetência do governo”, disse.
Hissa Abrahão informou que a bancada do PPS, na Câmara, apresentou um
destaque ao texto-base para excluir todas as mudanças relacionadas ao risco
hidrológico na geração de energia pelas hidrelétricas. “Não podemos deixar que
o consumidor final pague mais caro pela energia, principalmente, porque as
usinas já trabalham com a capacidade base devido aos fenômenos climáticos. Eles
não podem entrar na bandeira tarifária e pagar ainda mais, pelo serviço, que
chega a ser péssimo em vários locais do país”, concluiu.