15 de junho de 2016

Renan Calheiros (PMDB-AL) vai analisar o pedido de impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot

BRASIL - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a um assunto que havia tratado na sessão desta terça-feira (14): pedidos de impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhados ao Senado. Na ocasião, ele disse que havia arquivado alguns pedidos, mas iria analisar pessoalmente novos. Ou seja, não iria despachar tão rapidamente como fizera antes.


Na reunião de líderes, na manhã desta quarta (15), Renan colocou o assunto em discussão: imediatamente, o senador Fernando Collor (PTC-AL), que também é investigado na Lava Jato, deu o maior apoio à ideia de acolher o pedido (e aí começar um processo no Senado pelo afastamento de Janot); já o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) foi em direção contrária, e pediu moderação. O senador João Capiberibe (PSB-AP) também foi contra a abertura de processo contra Janot.

Mais tarde, enquanto presidia a sessão desta quarta do Senado, Renan voltou ao assunto e anunciou que iria analisar "com muito carinho" esses pedidos de impeachment de Janot. E lembrou que três procuradores que integram a força tarefa da Lava Jato tiveram seus nomes rejeitados pelo Senado em indicações para o Conselho do Ministério Público, mas, segundo ele, não se sentiam impedidos de analisar casos de senadores. O presidente do Senado prometeu analisar os pedidos em alguns dias e, então, anunciar, sua resposta.

Senadores da base do governo tentam demover Renan da ideia de acolher pedido de impeachment de Janot. "Isso não será bom para ele", disse um governista.

Já um petista avaliou: "Ele quer dar um susto... Vai dizer que pode acolher, depois recusa e ainda fica com crédito junto à PGR", arriscou.

Texto: Cristiana Lôbo