BRASIL
- O ex-presidente da estatal Eletronuclear Othon Luiz Pereira da Silva foi
condenado a 43 anos de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de
dinheiro, embaraço às investigações, evasão de divisas e participação em
organização criminosa. A decisão é do juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal.
Segundo
o Ministério Público Federal, que pediu a condenação, Othon recebia 1% de
propina nos contratos firmados entre a estatal e as empreiteiras Andrade
Gutierrez e Engevix, para a construção da Usina Nuclear Angra 3, no complexo
nuclear de Angra dos Reis.
Também
foram condenadas mais 12 pessoas por envolvimento com o desvio de recursos
públicos da construção de Angra 3. Entre elas está a filha de Othon, Ana
Cristina da Silva Toniolo, condenada a 14 anos e 10 meses de prisão pelos
mesmos crimes do pai.
Sete
foram beneficiados com a redução de penas por causa de acordos de delação
premiada: Rogério Nora de Sá, Clóvis Renato Numa Peixoto Primo, Olavinho
Ferreira Mendes, Otávio Marques de Azevedo, Flávio David Barra, Gustavo Ribeiro
de Andrade Botelho e Victor Sérgio Colavitti.
Doze
dos 13 réus foram condenados ao regime fechado. O único beneficiado com o
regime semiaberto foi Geraldo Toledo Arruda Junior, condenado a quatro anos e
oito meses.
Também foram condenados Carlos
Alberto Montenegro Gallo, Josué Augusto Nobre e José Antunes Sobrinho.