BRASIL - O desemprego no país atingiu, em média,
11,8% no trimestre de junho a agosto. Essa é a maior taxa já registrada
pela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que
começou a ser feita em 2012
No período, o número de desempregados no Brasil foi
de 12 milhões de pessoas, que também é o maior já registrado pela pesquisa.
São 583 mil desempregados a mais do que no
trimestre anterior (março a maio), crescimento de 5,1%. Em um ano, são 3,2
milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 36,6%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) e
fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do
IBGE. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos
móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
Comparação
com resultados anteriores
No trimestre de junho a agosto de 2016, a taxa de
desemprego foi de 11,8%:
- no trimestre de março a maio, havia sido de 11,2%
- no trimestre de maio a julho, havia sido de 11,6%
- um ano antes (junho a agosto de 2015), havia sido de 8,7%.
O número de desempregados chegou a 12 milhões:
- no trimestre de março a maio, havia sido de 11,4 milhões
- no trimestre de maio a julho, havia sido de 11,8 milhões
- um ano antes (junho a agosto de 2015), havia sido de 8,8 milhões.
Número de
trabalhadores
O número de pessoas com trabalho caiu
para 90,1 milhões, com 712 mil pessoas a menos do que no trimestre
anterior, queda de 0,8%.
Em um ano, o total de trabalhadores caiu 2,2%, o
que equivale a cerca de 2 milhões de pessoas.
Rendimento
fica estável
O rendimento real (ajustado pela inflação) do
trabalhador ficou, em média, em R$ 2.011, resultado considerado estável pelo
IBGE na comparação com o trimestre anterior (R$ 2.015) e com o mesmo período de
2015 (R$ 2.047).
Número de
carteiras cai em um ano
O número de empregados com carteira assinada ficou
em 34,2 milhões, resultado considerado estável pelo IBGE na comparação com o
trimestre anterior.
Em um ano, houve queda de 3,8%, o que representa
uma perda de cerca de 1,4 milhão de carteiras assinadas.
Metodologia
da pesquisa
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344
casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho
e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram
coletados.