BRASIL - Um
relatório de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do
Amazonas mostra que as autoridades tinham informações de que presos no Complexo
Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, portavam pelo menos 11
armas na véspera do massacre que deixou 56 mortos na unidade, em sua
maioria membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo
com o relatório, que também menciona informações sobre uma tentativa de
fuga, uma metralhadora e duas pistolas estariam com um interno
conhecido como Nigéria e outras oito teriam entrado com visitantes do presídio
nas vésperas do Natal. Agentes penitenciários de socialização teriam ajudado na
entrada das armas no presídio, diz o documento.
“Segundo
informações anônimas, o interno Francis Olumuyiwa Olufunwa ou Adenkunle – vulgo
“Nigéria” – estaria em posse de uma metralhadora (calibre desconhecido) e duas
pistolas (calibres desconhecidos). O referido interno teria cumprido 1/6 de sua
pena no Compaj Fechado, sendo de conhecimento da Seap que em todas as
tentativas de fuga os internos do Fechado teriam obtido apoio operacional e
logístico do semiaberto”, diz o relatório.
O secretário da
Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Amazonas, Pedro Florêncio,
estava viajando no réveillon, noite em que aconteceu o massacre.
Florêncio havia
permitido, nas noites de Natal e de Ano Novo, que os detentos recebessem
visitas de pelo menos um familiar cada, que também tinham permissão para
pernoitar na cadeia.
O secretário se
defendeu dizendo que a medida tinha o intuito de “humanização das pessoas
encarceradas”.
A empresa
responsável pela segurança das cadeias no Amazonas, a Umanizzare, informou que
em 27 de dezembro, quatro dias antes dos assassinatos no presídio, avisou à
Seap dos problemas ocorridos no dia de Natal, quando a grande quantidade de
visitantes acabou prejudicando as revistas e até mesmo a contagem de presos.
Fonte: msn