BRASIL - Partidos aliados iniciaram uma
articulação para formar uma espécie de coalizão para suceder o governo Michel
Temer, seguindo o modelo da gestão de Itamar Franco após a queda de Fernando
Collor.
Presidente
Temer(PMDB) e Senador Tasso Jereissati(PSDB)
A diferença, dizem aliados, é que o cenário
de um eventual impeachment é remoto e Temer tem dito que não vai renunciar.
A articulação em torno do governo de coalizão
partiu do PSDB e começa a ganhar força em outras legendas.
Pela
avaliação, para isso acontecer, Temer teria de aceitar a "solução
TSE". O Tribunal Superior Eleitoral retomará no mês que vem o julgamento
da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Esse cenário, dizem aliados do Planalto,
seria a "saída honrosa". O governo enfrenta a pior crise política
desde o ano passado, agravada pelas delações de executivos da JBS.
"Com
a crise política instalada, temos que tentar uma solução negociada que envolva
o próprio Temer na decisão. A grande dificuldade, a essa altura do campeonato,
é fazer com que Temer caia na real", disse ao Blog um importante cacique
tucano.
"Ele já tem sido, em várias conversas,
alertado que as bancadas já começam a debandar. [...] A situação é extremamente
difícil", acrescentou este aliado do presidente.
Líderes tucanos e do DEM têm alertado que há
"debandada generalizada" e está "difícil segurar a base".
No PSDB, por exemplo, somente a cúpula do
partido tem articulado para evitar uma saída imediata da legenda da base.