BRASIL - A Procuradoria-Geral da República
(PGR) entrou hoje (31) no Supremo Tribunal Federal (STF) com novo recurso
pedindo a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
A PGR pretende anular
decisão anterior do ministro Marco Aurélio, que negou outro pedido de prisão e
determinou o retorno do parlamentar, no mês passado, às atividades no Senado.
É o terceiro pedido sucessivo feito pela
procuradoria para prender o senador. Dois foram rejeitados desde a homologação
da delação premiada da JBS. A questão será analisada pela Primeira Turma da
Corte, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e
Luís Roberto Barroso, além do relator.
No mês passado, Marco Aurélio manteve decisão
anterior de negar o pedido de prisão preventiva do senador, mas proibiu Aécio
de deixar o país e de fazer contato com outros investigados ou réus no processo.
Antes da decisão de Marco Aurélio, Aécio
Neves estava afastado da atividade parlamentar por uma decisão do antigo
relator do caso, ministro Edson Fachin. Aécio foi citado pelo empresário
Joesley Batista, dono do grupo JBS, e um de seus depoimentos de delação
premiada. Joesley contou aos procuradores que Aécio lhe pediu R$ 2 milhões para
pagar despesas com sua defesa na Operação Lava Jato.
À época, a defesa de Aécio comemorou a
decisão de Marco Aurélio e o senador disse que sempre acreditou na Justiça e
que seguiria "no exercício do mandato que me foi conferido por mais de 7
milhões de mineiros, com a seriedade e a determinação que jamais me faltaram em
32 anos de vida pública", declarou em nota.