AMAZONAS - Na oportunidade anterior, quando o debate foi promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Amazonino também não compareceu. Na ocasião, o candidato Eduardo Braga destacou que a ausência mostrava alguém sem propostas para o Amazonas.
Ontem, o evento político foi promovido pela
Rede Amazônica, mas virou uma entrevista de 20 minutos com Eduardo Braga. Na
nota divulgada ontem à noite, Amazonino afirmou que optou por não participar.
Comandado pelo repórter da Rede Globo José
Roberto Burnier, o programa iniciou com o intermediador lamentando a ausência
do candidato ao dizer que o debate se tranformou em uma entrevista.
“Infelizmente, o candidato da coligação ‘Movimento pela Reconstrução do
Amazonas’, Amazonino Mendes, não compareceu como havia prometido e confirmado”,
disse o entrevistador, antes de ler a nota encaminhada pelo candidato ausente.
Burnier ainda comentou: “A Rede Globo e a Rede Amazônica lamentam esta atitude
do candidato Amazonino Mendes que, com esta decisão de não vir, não vai cumprir
o jogo democrático de ajudar o eleitor do Amazonas a tirar suas últimas
dúvidas”.
Em seguida, foi a vez de Eduardo Braga
comentar a ausência de Amazonino. “Eu quero lamentar e dizer que este não é o
primeiro debate que o candidato Amazonino não comparece. Ele não compareceu ao
debate do Corecon (Conselho Regional de Economia), e da Federação da Indústria.
Ele não compareceu ao debate da OAB e transmitido pela REDE DIÁRIO DE
COMUNICAÇÃO e, agora, não comparece na Rede Globo e, na naquela altura a
justificativa não era a forma como nós fizemos e fazemos a nossa campanha. Ele
apenas dizia que havia conflito de agenda. Criou um factoide mentiroso para
justificar o injustificável, porque quem teve direito de resposta por receber
uma campanha caluniosa, mentirosa e ofensiva, fomos nós. Ele perdeu
direito de resposta dentro do horário gratuito por mentir, agredir e caluniar”,
disse.
De acordo com Braga, o adversário não
compareceu aos debates porque não tem propostas. “Ele não tem como explicar
para a população como aceita um grupo político que foi o grupo responsável pela
eleição do José Melo, que destruiu o Estado do Amazonas e que foi cassado pela
Justiça brasileira, exatamente por fraudar a eleição e que estão todos em torno
na candidatura do Amazonino. O Amazonino passou a campanha inteira e não
assumiu um compromisso contra os supercontratos como o da Umanizzare, que
paga R$ 60 mil por um preso por ano, mais do que o dobro de qualquer
contrato no Brasil. E o pior, comparando o custo do preso com um aluno da Seduc
(Secretaria de Estado de Educação), custa R$ 60 mil um preso por ano e um
aluno R$ 2,7 mil”, afirmou.
Questionado a respeito das propostas
para o setor de saúde, Braga afirmou que pretende zerar as filas de cirurgias
em 120 dias com recursos que irá economizar com os atuais supercontratos
mantidos pela atual gestão do Estado.
“Primeiro, encerrar os supercontratos para
poder ter recursos para fazer imediatamente os mutirões de saúde que farão as
cirurgias especializadas, consultas especializadas e exames especializados para
que em 120 dias possamos reduzir quase a zero ou zerar estas filas”, disse.
Sobre as propostas para melhorar a segurança
do Estado, Braga lembrou que Amazonino, quando foi governador, tinha dados
maquiados porque acabou com a Polícia Civil, responsável por fazer os
registros de ocorrências.
Quanto à aprovação de proposta que afeta a
Zona Franca de Manaus, Eduardo Braga disse ter ‘brigado’ para que a proposta
não fosse aprovado no Congresso Nacional. “Neste caso, nós ficamos isolados, e
foi impossível fazer mais”, frisou.
Nas considerações finais, Eduardo Braga se
dirigiu aos eleitores que pensam em votar nulo, branco ou que pretendem se
abster. “Se você votar nulo, porque está decepcionado com os políticos, você
não vai dar chance para a gente mudar a política de segurança pública no
Amazonas. Se você votar branco, você não vai dar oportunidade para nós mudarmos
a política tributária para voltar a gerar emprego no Amazonas”, afirmou.
Reportagem Diário do Amazonas