BRASIL
- O ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio
de Janeiro (Detro-RJ) Rogério Onofre se entregou à Polícia Federal na manhã
deste sábado. Ele era considerado foragido.
Onofre
havia sido beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira, mas foi alvo de novo
mandado de prisão expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal
Criminal, nesta sexta.
O
ex-presidente do Detro havia indicado sua casa, em Paraíba do Sul, no sul do
estado do Rio, como endereço domiciliar. As medidas restritivas impostas pelo
STF previam que ele deveria ficar lá à noite e nos finais de semana. Nesta
sexta, porém, não foi encontrado no endereço.
Segundo
o advogado Yuri Sahione, que defende o ex-presidente do Detro, Onofre “se
sentiu inseguro após sair da cadeia”. O defensor afirma que está avaliando as
medidas a serem tomadas.
Onofre
é um dos personagens envolvidos na queda-de-braço entre Bretas e o
ministro Gilmar Mendes , que tem mandado
soltar todos os envolvidos no esquema investigado pela Operação Ponto Final, desdobramento da Lava
Jato que cercou a cúpula do Transporte no Rio.
Em
uma semana, o magistrado do STF mandou soltar nove investigados presos por
Bretas, entre eles Onofre.
Onofre,
que foi nomeado para o cargo pelo então governador Sérgio Cabral (PMDB) , também preso, é
acusado de receber cerca de R$ 40 milhões de propina no esquema.