BRASIL – "Chegou a nossa hora”, disse o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009 na cidade de Copenhagen, na Dinamarca, ao defender diante
do Comitê Olímpico Internacional (COI) a candidatura do Rio de Janeiro para
sediar as Olimpíadas de 2016.
No discurso, Lula também destacou o bom momento
econômico do país, o aumento da autoestima que os jogos proporcionarão aos
brasileiros e disse que a candidatura do Rio é também da América do Sul.
A grande pergunta é, por que só o Carlos
Arthur Nuzman está preso?
Em 2016, Pai das Olímpiadas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a modéstia de
lado e reconheceu, em evento realizado ontem (15), em Santo André, no ABC
paulista, que os Jogos Olímpicos não teriam ocorrido no Rio de Janeiro em 2016
se não fossem os esforços políticos que fez para vencer a disputa com outros
países. Ele comentou a cerimônia de abertura do dia 5, com bom humor. “Me senti
naquele filme Esqueceram de Mim Número 1”, disse. “Me dei conta de
que não existiria Olimpíada no Brasil se não fosse eu. Derrotamos Madri,
Tóquio, e derrotamos Obama e a mulher dele, Michele”, afirmou.
Ele disse que o objetivo dos que o perseguem “é criar um empecilho legal
para impedir” que ele volte ao Palácio do Planalto, e avisou: “Em 2018, pelo
voto, nós vamos voltar a governar este país. Eles que se preparem, que
alimentem o ódio que quiserem. Quanto mais ódio alimentarem e mais mentira
contarem, mais eu vou crescer. Vou ficar que nem pokémon”.
Em outubro de 2009, o Comitê Olímpico Internacional (COI) escolheu o Rio
na eleição para a escolha da sede dos Jogos de 2016. O presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, foi a Copenhague, na Dinamarca, para defender
pessoalmente a cidade de Chicago. “Também ganhei a Copa (do Mundo, em 2014)
para o Brasil e também não fui convidado para a abertura”, disse.
Segundo Lula, a realização dos dois maiores eventos esportivos do mundo
ajudou o país a levantar a autoestima. “Quebramos o complexo de vira-lata que
este país tinha. A gente pode ser pobre, mas a gente não pode perder o orgulho
e a autoestima.”
Ele criticou a opinião de que o Brasil não poderia realizar eventos
desse porte por haver pobreza e ter de priorizar esse problema em vez de
investir nos Jogos Olímpicos. “A Olimpíada não é feita pra acabar com a
favela”, disse.