18 de outubro de 2017

Se Lula trouxe as Olimpíadas do Rio, por que ele não está preso?

BRASIL – "Chegou a nossa hora”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009 na cidade de  Copenhagen, na Dinamarca, ao defender diante do Comitê Olímpico Internacional (COI) a candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016.
No discurso, Lula também destacou o bom momento econômico do país, o aumento da autoestima que os jogos proporcionarão aos brasileiros e disse que a candidatura do Rio é também da América do Sul.

A grande pergunta é, por que só o Carlos Arthur Nuzman está preso?

Em 2016, Pai das Olímpiadas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a modéstia de lado e reconheceu, em evento realizado ontem (15), em Santo André, no ABC paulista, que os Jogos Olímpicos não teriam ocorrido no Rio de Janeiro em 2016 se não fossem os esforços políticos que fez para vencer a disputa com outros países. Ele comentou a cerimônia de abertura do dia 5, com bom humor. “Me senti naquele filme Esqueceram de Mim Número 1”, disse. “Me dei conta de que não existiria Olimpíada no Brasil se não fosse eu. Derrotamos Madri, Tóquio, e derrotamos Obama e a mulher dele, Michele”, afirmou.
Ele disse que o objetivo dos que o perseguem “é criar um empecilho legal para impedir” que ele volte ao Palácio do Planalto, e avisou: “Em 2018, pelo voto, nós vamos voltar a governar este país. Eles que se preparem, que alimentem o ódio que quiserem. Quanto mais ódio alimentarem e mais mentira contarem, mais eu vou crescer. Vou ficar que nem pokémon”.
Em outubro de 2009, o Comitê Olímpico Internacional (COI) escolheu o Rio na eleição para a escolha da sede dos Jogos de 2016. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi a Copenhague, na Dinamarca, para defender pessoalmente a cidade de Chicago. “Também ganhei a Copa (do Mundo, em 2014) para o Brasil e também não fui convidado para a abertura”, disse.
Segundo Lula, a realização dos dois maiores eventos esportivos do mundo ajudou o país a levantar a autoestima. “Quebramos o complexo de vira-lata que este país tinha. A gente pode ser pobre, mas a gente não pode perder o orgulho e a autoestima.”
Ele criticou a opinião de que o Brasil não poderia realizar eventos desse porte por haver pobreza e ter de priorizar esse problema em vez de investir nos Jogos Olímpicos. “A Olimpíada não é feita pra acabar com a favela”, disse.