22 de fevereiro de 2018

Bosco Saraiva é convocado pela ALE para explicar o motivo de ser contra as promoções dos PMs. O requerimento é do Deputado Platiny Soares.

AMAZONAS - O vice-governador do Estado e secretário de segurança pública, Bosco Saraiva, terá que explicar à Assembleia Legislativa do Amazonas os motivos que levaram o Governo do Estado, por meio da Procuradoria Geral (PGE), a considerar inconstitucional a Lei nº 4.044 que legisla sobre as promoções especiais dos praças da Polícia Militar do Amazonas.
O requerimento convocando o titular da SSP, foi apresentado à Mesa Diretora da Casa, pelo vice-presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Platiny Soares (DEM), na manhã desta quinta-feira (22).

“O que testemunhamos é mais um retrocesso! Estamos nas mãos de um governador que pensa governar nos anos 90 ou talvez nos anos 80. Essa decisão é teleguiada, não parte de um comando formado de oficiais subalternos”, criticou Platiny Soares.

Para o democrata, o posicionamento da PGE é contraditório e apenas obedece aos interesses do atual governo. “Essa lei foi construída por uma comissão de praças da Polícia Militar, da qual fiz parte, dentro da Casa Civil. A própria procuradoria se fez presente durante todo o processo, como é que agora, três anos depois, ela surge com um parecer absurdo como esse?”, questionou o parlamentar.

O parlamentar lembrou a importância da Lei para a classe, destacando que muitos profissionais sofreram perseguição e até ameaça de expulsão, para que ela se tornasse realidade. “Em 2014 vivemos um momento histórico, onde esses homens e mulheres deram um basta para décadas de desprezo. Tenho um enorme orgulho de ter participado daquele momento”, ressaltou.

A iniciativa, segundo o vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa vai de encontro às promessas do governador Amazonino Mendes, de ofertar segurança de qualidade à população. Promessa de campanha usada na propaganda governamental veiculada em todo o Estado.

“Não podemos imaginar uma segurança pública de qualidade, sem que o trabalhador que a faz, esteja valorizado. É tudo muito bonito nas campanhas milionárias do governo, mas na prática o que ele faz é ferir de morte o servidor público, de todas as áreas”, frisou Platiny Soares.


Imagens: Fábio Romão/Assessoria de Imprensa