5 de julho de 2018

Governo não concedeu o reajuste desejado pelos PMs porque não quis, diz David Almeida


O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado David Almeida (PSB), afirmou nesta quinta-feira (5) que o governo do Estado não deu os 10,5% de reajuste para os policiais e bombeiros militares porque não quis, uma vez que a arrecadação do Estado registra superação de arrecadação.

 No último dia legal para conceder reajustes aos servidores, em ano eleitoral, o parlamento estadual aprovou apenas os 4,08% propostos pelo governo.

A proposta original do Poder Executivo, que teve como relatora a deputada Alessandra Campêlo, chegou na tarde da quarta-feira (4) na Aleam, tramitou em regime de urgência e recebeu 21 votos favoráveis dos deputados presentes.

O mesmo texto já tinha sido mandado pelo governo ao Poder Legislativo em maio. Assim como as matérias de reajustes da data-base dos servidores da saúde e da educação, o projeto dos policiais e bombeiros militares chegou a receber emendas que melhorias salariais, com reajuste de 10%, mas ao contrário das outras categorias, essa mensagem do governo foi a única que foi totalmente vetada e totalmente inviabilizada com os votos da base do governo da Assembleia.

Para o presidente da Aleam, deputado David Almeida (PSB), a nova proposta - com o mesmo texto da anterior -, não contempla o esperado pela categoria. David criticou a forma como o governo tratou a questão. “Por que não deram o reajuste para os policiais e bombeiros militares, no mesmo percentual concedido aos servidores da educação? A polícia e os bombeiros do meu Estado merecem muito mais e o governo não fez porque não quis”, afirmou.

David ressaltou que, o Estado tem dinheiro em caixa e poderia sim, conceder os 10% que a categoria pleiteava. No primeiro semestre de 2018, a arrecadação do Estado registrou superação de R$1,537 bilhão em relação ao arrecadado no mesmo período do ano passado. A previsão atual é até dezembro o alta na arrecadação seja de, aproximadamente, R$ 3 bilhões do que os R$ 15 bilhões estimados pelo governo, no final do ano passado.

“O momento é outro. Tem dinheiro em caixa e o pleito dos policiais e dos bombeiros poderia ter sido atendido pelo governo. Os professores precisaram parar e essa Assembleia corrigiu o projeto. Concedeu os 10%, inclusive com apoio da base aliada do Amazonino”, disse David. 

De acordo com o presidente da Aleam, o impacto na folha estadual, com esse reajuste concedido aos policiais e bombeiros militares (vide tabela em anexo) vai ser da ordem de R$ 1,5 milhão, valor similar ao que foi gasto pelo executivo, durante os três dias de Festival de Parintins para receber seus convidados.