Manaus - O Sindicato das Empresas de Transporte
de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) disse, nesta segunda-feira
(24), que a Prefeitura de Manaus, desde o mês de maio, não repassa às empresas
de ônibus as parcelas do subsídio do transporte público e o valor já chega a
mais de R$ 7,7 milhões.
De acordo com o advogado
do Sinetram, Fernando Borges, algumas empresas estão “até deixando de pagar
seus impostos para não deixar de honrar compromissos com os trabalhadores e
fornecedores de diesel e peças”, disse. “Os atrasos do subsídio, do pagamento da
operação nas eleições, no valor de R$ 6,5 milhões, e mais a crise
econômica têm prejudicado o equilíbrio financeiro das empresas”, completou.
A Secretaria
Municipal de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno (Semef)
informou que já foram repassadas, até julho deste ano, R$ 12.984 milhões em
subsídios ao Sinetram. A última parcela paga, neste mês de agosto, somou R$
3.896 milhões, segundo a Semef.
A Semef informa, ainda,
que em virtude da crise econômica, “que tem afetado drasticamente as receitas
do município”, quatro parcelas ainda encontram-se pendentes. “De acordo com a
programação da secretaria, duas destas deverão ser quitadas no próximo mês de
setembro, e as restantes ajustadas nos meses subsequentes”.
Dissídio
De acordo com Borges,
em maio o Sinetram e o Sindicato dos Rodoviários chegaram a um acordo
para o Dissídio Coletivo de 2015/2016.
Com o reajuste salarial
de 8%, o salário dos motoristas passou a ser de R$ 2.093,98, cobrador R$
1.046,98 e administrador de linha R$ 2.293,54. “Além disso, a categoria recebe
ticket alimentação, vale-lanche, cesta básica e plano de saúde”, afirmou ao
descartar paralisação do transporte público, em Manaus, por questões salariais.
Fonte: D24