BRASIL - Os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, do Brasil
e Luis Alberto Sánchez, da Bolívia, assinaram nesta terça-feira (02/02), no
Palácio Itamaraty, em Brasília, uma Agenda de Trabalho do Comitê Técnico
Binacional Brasil-Bolívia em Matéria Energética. O documento reflete o
resultado das negociações ocorridas nos dias 27 e 28 de janeiro em Santa Cruz
de La Sierra (Bolívia), no âmbito do Comitê, para estudar novos passos para a
integração energética entre os dois países.
O evento deu-se por ocasião da visita, hoje, do presidente
boliviano, Evo Morales, ao Brasil. Após reunião de trabalho dos dois presidente
no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou a importância das
iniciativas bilaterais na área de energia: “O Brasil estimula e apoia o
objetivo anunciado pelo presidente Evo de transformar a Bolívia em centro
energético internacional”.
Eduardo Braga destacou possibilidades de integração energética
tanto na área de gás como na de energia elétrica. Um dos pontos da agenda de
trabalho é a proposta de um cronograma para permitir que a Usina Hidrelétrica
Jirau passe a operar em uma cota constante de 90 metros (acima do nível do
mar). Hoje, esse nível de água só é atingido nos períodos de cheia do rio
Madeira. Se o reservatório passar a operar com um nível mais alto por mais
tempo, haverá um aumento na quantidade de energia elétrica gerada pela usina ao
longo do ano, beneficiando os dois países.
Brasil e Bolívia concordam em realizar estudos de pré-viabilidade
e de viabilidade para o projeto hidrelétrico binacional do Rio Madeira e de
Cachuela Esperanza. Ficou acertado ainda que a Bolívia realizará estudos de
viabilidade para duas hidrelétricas nacionais, Rio Beni (Bala) e Rio Grande
(Rositas), que, se concretizadas, poderiam receber participação do Brasil e
vender energia para os brasileiros. A exportação de energia elétrica boliviana
também poderá se dar a partir de termelétricas a gás natural que o país estuda
construir. No mesmo sentido, serão estudadas normas para a importação de
energia elétrica da Bolívia pelo Brasil, de longo prazo, em regime
ininterrompível.
Outros pontos em debate são a renovação do acordo de fornecimento
de gás para a Gasbol, a partir de 2019, e as tratativas entre a Petrobras e a
empresa boliviana YPFB para atuação conjunta na área petroquímica, em Três
Lagoas (MS) e na Bolívia.
O ministro boliviano informou que está em negociação com a empresa
proprietária da UTE Mário Covas para associação e garantia de fornecimento de
gás. A atuação conjunta entre a brasileira Eletrobras e a boliviana ENDE em
aproveitamentos hidroelétricos binacionais também será detalhada na agenda de
trabalho.
Acordo
No dia 31 de março, em Santa Cruz, na Bolívia, acontecerá a II
Reunião do Comitê Técnico Brasil-Bolívia. Na ocasião os grupos de trabalho
detalharão cada ponto que integra a agenda de trabalho. O ultimo encontro foi
realizado no dia 28 de janeiro, também em Santa Cruz e contou com a
participação dos secretários de Planejamento e Desenvolvimento Energético de
Minas e Energia, Altino Ventura, e de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis
Renováveis, Marco Antônio Almeida.
Brasil e Bolívia
Em julho do ano passado, durante visita do presidente boliviano
Evo Morales ao Brasil, os ministros Eduardo Braga e Luis Alberto Sánchez
assinaram termo para criação do Comitê Técnico Binacional. O Comitê permite
examinar possibilidades conjuntas nas áreas de interconexão elétrica,
infraestrutura energética e aproveitamento de recursos hídricos, e conta com um
representante titular e um suplente brasileiro e boliviano. Também estão
representadas no Comitê a Eletrobras e da ENDE, sua contraparte boliviana; e representantes
dos ministérios de Relações Exteriores dos dois países.
Fonte:
Crédito: Francisco Stuckert do Amaral
Assessoria de Comunicação Social
Ministério de Minas e Energia
(61) 2032-5620/5588
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