SÃO PAULO - O empresário João Doria e o vereador Andrea
Matarazzo vão disputar o segundo turno para candidato à Prefeitura de São Paulo
pelo PSDB. Após sete horas de apuração, o representante do diretório tucano em
São Paulo, o vereador Mario Covas Neto, anunciou que ambos tiveram maior
quantidade de votos nas prévias realizadas neste domingo (28) na capital
paulista. O deputado federal Ricardo Trípoli ficou em terceiro lugar.
Dos 58 diretórios
zonais, 55 contabilizaram 6.216 votos. Os três diretórios restantes foram os do
Tatuapé, Jaçanã e Pirituba que, por terem apresentado problemas, não apareceram
na conta. Mas isso não interfere no resultado final porque somados eles têm
apenas 260 votos.
João Doria recebeu
2.681 votos (43,13%), enquanto Andrea Matarazzo teve 2.045 (32,89%). Já Trípoli
obteve 1.387 votos (22,31%). Segundo Covas Neto, foram 102 votos em branco e
apenas 1 nulo.
O número de
militantes que participou da votação diminuiu em relação a 2012, que teve 6.229
votos e foi decidida no primeiro turno. Na previsão de Mario Covas Neto,
haveria 10 mil votos neste ano.
O último tucano a
comandar a capital paulista foi o atual senador José Serra, que abandonou o
cargo em março de 2006 para concorrer ao governo do Estado de São Paulo e
deixou a cadeira para seu vice na época, Gilberto Kassab.
Nas eleições de
2008 e 2012, o partido tentou voltar à Prefeitura com Alckmin e Serra como
candidatos, respectivamente, mas fracassou nas duas vezes.
O segundo turno
para decidir o candidato do partido à Prefeitura vai ocorrer no dia 20 de
março.
Confusão
No diretório do
Tatuapé, houve registro de agressões e vandalismo, que teve uma urna quebrada
como resultado. O local foi invadido por um grupo de pessoas não identificadas
que quebrou um computador onde estava ocorrendo a votação. Uma confusão
generalizada se iniciou e a Polícia Civil foi acionada. A votação terminou mais
cedo e a urna danificada precisou ser retirada sob escolta dos soldados da Polícia
Civil.
Impugnação
do nome de João Doria
O ex-governador
Alberto Goldman e o presidente do instituto Teotônio Vilela, José Aníbal
decidiram encaminhar um pedido de cancelamento do nome de Doria à executiva
municipal do partido. Eles alegam que o empresário cometeu abuso de poder
econômico, propaganda irregular, transporte de eleitores no dia da votação e
infrações da lei da Cidade Limpa. Além disso, os adversários querem que o
partido adote sanções disciplinares contra Doria.
Sobre a petição,
Mario Covas Neto disse que ela será analisada posteriormente em reunião pela
Executiva do PSDB. João Doria diz que seguiu o acordo feito pelos
pré-candidatos.
*Com
informações da Agência Estado