MANAUS
- Após criticar fortemente a mudança de posição do Deputado Federal Hissa
Abrahão, que recentemente trocou o PPS pelo PDT para disputar a prefeitura de
Manaus, o partido reuniu nesta Quarta Feira 23/03 toda a militância para
apontar o caminho que a sigla deverá seguir nas próximas eleições municipais.
Ficou
definido que o partido apresentará à sociedade dois nomes alternativos.
Disputam a indicação de candidato a prefeito de Manaus o Presidente Estadual da
Legenda Guto Rodrigues, ex secretário do Trabalho, e o Presidente Nacional da
JPS Manoel Almeida, líder estudantil e ex gerente do Sistema Público de
Emprego (SINE/Manaus).
Com
forte apoio dentre os militantes para ambos os nomes, o partido definiu que a
decisão sobre qual dos dois deverá disputar, será tomada somente nas próximas
reuniões de pré candidatos, que na sigla acontecem todas as quinta feiras na
sede estadual.
DEFESAS:
Dentre
os filiados que indicam o nome de Guto Rodrigues o argumento é de que a
candidatura se afirmaria como um compromisso histórico do partido na defesa de
causas populares, apresentando-se como alternativa política com tradição
ideológica e programática aos trabalhadores, já que Guto é sindicalista
bancário.
Já
os que defendem Manoel Almeida como candidato a prefeito de Manaus, veem no
jovem líder o potencial para o crescimento político conquistando, sobretudo, os
jovens e os eleitores descontentes com candidaturas aliadas a caciques locais.
Para este segmento, a eleição 2016 é uma eleição em que o eleitor estará
propício a escolher políticos mais novos, e Manoel faria o enfrentamento a
todos os candidatos como Arthur Neto, com quem a sigla rompeu em 2014, Marcos
Rotta que é o candidato de Eduardo Braga, Marcelo Ramos candidato de Alfredo e
Hissa Abrahão, candidato de Amazonino, plano B de Braga que migrou da oposição
para a base da presidente Dilma. A aposta no jovem ativista social é de que
Manoel, além de desmoralizar Hissa Abrahão, que saiu da sigla dizendo ser
impossível disputar a prefeitura pela mesma, serve também aos interesses dos
candidatos a vereadores que veem na possibilidade de crescimento do jovem que
atrai voto de protesto, o fortalecimento do voto de legenda. Entre os
defensores mais entusiasmados há quem afirme que Manoel por ser um notável
orador, se projetaria inclusive para um
eventual segundo turno contra Arthur já que os mais prejudicados com a inclusão
de um jovem com a candidatura autônoma no debate, são os jovens postos na disputa por caciques
Amazonino, Braga e Alfredo. Na próxima Quinta, 31/03, o partido volta a
reunir e debater a participação da sigla nas eleições municipais, espera-se que
seja o dia da decisão.
Chapa
de vereadores é antiHissa
Ficou
decidido em votação com todos os membros do partido, a desfiliação de Diego
Afonso (filho do deputado Adjunto Afonso) e
foi comunicada a desfiliação de
Euler Moura, ambos candidatos de projeção acima de 5 mil votos que ingressaram
ao partido com convite feito por Hissa, e que eram vistos como fortes
obstáculos aos demais candidatos ao cargo de vereador. “Tudo que era articulado pelo Hissa aqui, não
será sustentado. O partido irá além de ter uma grande participação nesse
pleito, vai também no momento reestruturar-se e não haverá tolerância aos
aliados de Hissa que queiram usar do PPS para fortalecer o projeto do PDT.”,
afirmou o presidente estadual do partido, Guto Rodrigues.
Procurado pela assessoria do Chumbo Grosso Manoel foi questionado. Você aceitaria esse desafio?
Chumbo Grosso : E na sua visão o que Manaus precisa?
Manoel: Sim, meu nome está a disposição do meu partido e muito acima da decisão partidária, ofereceria com muita honra o meu nome e a minha juventude para cumprir esta tarefa. Manaus precisa de alguém que não tenha medo de enfrentar seus problemas estruturais, administrativos e políticas, precisa de quem tenha coragem de apontar o problema, buscar soluções e mostrar a realidade. Os jovens que pretendem essa disputa já estão velhos não na idade, mas na tradição das alianças políticas em que estão, lamento porque sempre nutri admiração por alguns deles, como não há no cenário político uma alternativa real, se meu partido me indicar cumprirei essa missão.