São Paulo
- O prefeito eleito em São Paulo, João
Doria (PSDB), respondeu a um comentário do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e devolveu o ataque. Mais cedo, quando votou em São
Bernardo do Campo (SP) e sem citar nomes, Lula havia dito que São Paulo corria o
risco de eleger um "aventureiro" assim como o ex-presidente Fernando
Collor, que teria surgido "do nada".
"Eu estou numa noite de paz, mas o Lula sabe
quem em algum momento vou visitá-lo em Curitiba. Farei minha homenagem a
ele", disse o tucano, em entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT.
Curitiba é o principal palco da Operação Lava Jato, que há duas semanas tornou
Lula réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Telefonema de Temer
Confirmando que recebeu um telefonema do presidente
Michel Temer (PMDB) depois que as urnas fecharam, mas ainda antes do resultado
oficial, Doria afirmou que o peemedebista prometeu colocar o governo federal à
disposição da cidade. "Ele apoiou outra candidatura, mas disse que o
governo federal vai estar à disposição para realizar projetos, sobretudo na
saúde, habitação, educação e mobilidade urbana", disse. Doria falou que
"em breve" vai fazer uma visita a Temer.
Alckmin para 2018
Assim como falou após ser confirmado como eleito no
primeiro turno, Doria repetiu que o cenário fortalece seu padrinho político, o
governador Geraldo Alckmin (PSDB), para as eleições presidenciais de 2018.
"Não era um embate fácil. Ele aceitou, acreditou e apostou", comentou
o prefeito eleito.
Não à reeleição
João Doria afirmou que vai começar seu mandato se
comprometendo a não se apresentar para uma eventual reeleição. "Não quero
reeleição. Vou cumprir meu mandato de quatro anos sem reeleição, eu acho muito
ruim ser eleito pensando em se reeleger", disse o tucano.
Primeira medida
Como primeira medida ao assumir o Executivo, Doria
repetiu que voltará os limites originais nas marginais Tietê e Pinheiros, para
90, 70 e 60 quilômetros por hora. "Depois, as prioridades serão saúde e
educação."
João Doria elogiou os adversários, afirmando que
são "bons políticos", e disse que não fará nenhuma concessão em
subprefeituras ou secretarias para os partidos que o apoiaram. "Conviver
não é ceder, é exatamente estabelecer uma relação republicana, não é preciso
fazer a cessão nem o loteamento de nada", disse. Na chapa de Doria, 13
partidos compuseram a coligação. Sobre a transição, o tucano afirmou que o
processo vai acontecer de forma "republicana".